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Cris ‘Cyborg’ ataca UFC e Dana White: “Nunca me ofereceram revanche”

Cyborg condiciona sua renovação a uma mudança de postura do UFC – Fábio Oberlaender

A relação entre Cris ‘Cyborg’ e o Ultimate vai muito além de uma simples desavença recente. Em participação no programa ‘Ariel Helwani’s MMA Show’ desta segunda-feira (29), a atleta da ‘Chute Boxe’ criticou de forma contundente o UFC e seu presidente, Dana White, além de revelar detalhes dos bastidores desta novela. De acordo com a ex-campeã peso-pena (66 kg) da liga, uma revanche contra Amanda Nunes nunca lhe foi oferecida.

O imbróglio entre a curitibana e o cartola aumentou recentemente, quando Dana afirmou que Cyborg estava com medo de perder novamente para a ‘Leoa’. O presidente foi desmentido de forma imediata por Cris, que relembrou que havia pedido uma revanche após sua derrota, mas que o Ultimate queria apenas uma renovação extensa de contrato.

“Eles nunca me ofereceram essa revanche, só uma renovação de contrato, com mais seis lutas. Mas o problema é que eles me colocam para lutar só uma vez por ano. Queria a luta contra a Amanda e depois ficar livre. Com mais seis lutas, lutando uma vez ao ano, ficaria presa por muito tempo em uma organização em que o meu nome e a minha marca são desrespeitadas”, destacou Cris, antes de atrelar sua renovação com o UFC a um pedido de desculpas do chefão da liga.

“Não é sobre lutas somente. É sobre lutar mais de uma vez por ano, estar em uma companhia que não prejudique sua marca. Porque depois que eu me aposentar eu vou viver do meu nome. Ele tem que se desculpar (para eu renovar). Quero um acordo de uma luta, sem cláusulas, sem contratos extensos. Dana, seja honesto ao menos uma vez na vida. Só se sabe o valor de alguém quando a perde, é como um relacionamento”, completou a brasileira.

Ao ser perguntada se o confronto do último sábado (27) contra Felicia Spencer, no UFC 240, seria o último na liga mais famosa do planeta, Cris se esquivou. De acordo com a brasileira, a postura da organização terá de mudar para que ela tenha vontade de permanecer. Mesmo com o interesse em enfrentar Amanda novamente, a curitibana deixou claro que está aberta a propostas de outras companhias.

“No contrato, sim (é a última luta). Acho que muitas coisas têm de mudar para que eu tenha mais lutas no UFC. Todos que me acompanham sabem das minhas rixas com o UFC. Não vim para o UFC porque eles me quiseram, e, sim, por conta da pressão dos fãs e da imprensa. Porque as pessoas amam minhas lutas. Eles não me ajudaram, Dana não me ajudou. Ele é a cara do UFC e vem causando danos a minha imagem. Não sei qual o problema dele. É difícil trabalhar com pessoas assim”, relembrou Cyborg, antes de narrar como foi seu contato com Dana após a vitória mais recente no Canadá.

“Olhei ele nos olhos e apertei a mão dele e disse: ‘Por que você está mentindo? ’ Ele ficou sem palavras, porque tinham muitas câmeras também. Eu queria e quero a revanche. Não estou com medo, sou uma lutadora, nasci para isso. Sei que Dana tentou ser lutador, sem sucesso. Quando ele vê uma lutadora com sucesso, acho que fere o ego dele. Estou disposta a fazer um acordo, espero que ele peça desculpas pelo que fez comigo”, concluiu a ex-campeã.

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