Corey Anderson subiu para a quinta posição do ranking dos meio-pesados (93 kg) do Ultimate após a vitória sobre Johnny Walker no último sábado (2). Mais próximo do que nunca do cinturão, o wrestler americano parece disposto a fazer o que for preciso fora dos octógonos para garantir seu tão almejado ‘title shot’. Prova disso foi que, em conversa com a imprensa após o UFC 244, ‘Overtime’, como é conhecido, usou a fama que seu rival brasileiro carregava para justificar sua chance de encarar Jon Jones em seguida.
A fim de se autopromover, Corey chegou até mesmo a comparar o seu momento com o de Dominick Reyes – seu principal rival, no momento, pela corrida até o cinturão. Na visão do americano, seu triunfo diante de Johnny Walker deveria pesar mais do que a vitória recente de Reyes sobre Chris Weidman na hora de eleger o próximo desafiante ao título de ‘Bones’.
“O meu ponto é que ele nocauteou o Chris Weidman, e eu acabei de nocautear o trem do ‘hype’ (algo que está na moda, com fama). Chris Weidman teve quantas derrotas em suas últimas lutas? Chris é meu parceiro e amo ele até a morte, treinamos juntos, ajudei ele (a se preparar) para o Luke Rockhold, não tenho nada contra ele. Ele é um ótimo artista marcial e o respeito muito. Mas não é como se ele (Reyes) tivesse ido lá e nocauteado o trem do hype, que eles (UFC) estavam forçando até o título”, justificou Anderson, antes de se comparar com Reyes.
“Dominick Reyes, ele se construiu lentamente que nem eu. Estamos no mesmo lugar agora. Chris Weidman foi campeão, mas a palavra-chave aqui é ‘foi’. E agora, Johnny Walker é o cara que eles (UFC) queriam que fosse o campeão. Ele tinha esse diferencial, e eu destruí isso. Então isso coloca ele na parte de trás do ônibus e me transfere lá para frente”, completou o americano, de acordo com o site ‘BloodyElbow’.
Caso não tenha seu desejo de lutar pelo título em seguida atendido, Corey já deixou claro seu interesse em deixar a organização. Ao ser perguntado sobre a declaração polêmica do americano, Dana White lamentou a postura de seu contratado e a comparou com a de um “bebê chorão”.