Nessa sexta-feira (27), o PFL promoveu a coletiva de imprensa do ‘supercard’ da virada de ano que conta com seis disputas de cinturão. Principal estrela do evento, Kayla Harrison foi o centro das atenções durante a cerimônia. A mais visada por perguntas da imprensa, a judoca bicampeã olímpica, em Londres, 2012, e Rio, 2016, esbanjou confiança para seu confronto diante da brasileira Larissa Pacheco – que servirá como luta principal do show de terça-feira, com sede em Nova York (EUA).
A postura se justifica, já que a americana já venceu Larissa em maio deste ano. A brasileira, porém, foi a única atleta até então a resistir os três rounds contra a judoca e forçar a decisão dos juízes. E, de acordo com a própria, se ela foi capaz de causar problemas para Harrison em circunstâncias adversas, o resultado da revanche na final do ‘GP’ das pesos-leves (70 kg) pode ser diferente com uma preparação bem-feita e uma estratégia traçada.
“Não vim aqui para falação, vim para fazer história. Então estou aqui para conquistar mais um ouro para a ‘ATT’ (American Top Team). Ainda estou meio verde nesse esporte MMA, mas com certeza não levei a Larissa tão a sério quanto deveria na primeira luta. Ela é uma excelente lutadora, luta há muito mais tempo que eu, desde que era criança, uma oponente bem dura e boa em todas as áreas. Mas os ajustes que fiz desde maio, minha evolução é exponencial, você não pode me deter. Você sabe o que eu vou fazer, mas não vai conseguir impedir. Se três rounds foram um mal negócio para ela, imagine cinco”, provocou Kayla, antes de ouvir sua rival.
“Estou muito feliz de estar aqui representando o Brasil, sendo representante das mulheres também, fazendo a luta principal. Vamos com tudo, estou preparada e vou lutar para ganhar. Na primeira luta, peguei essa luta muito em cima da hora. Então não estávamos preparadas uma para a outra, principalmente eu, que estava um tempo parada. Mas desta vez venho embalada com um ano inteiro com grandes lutas, vou para a minha quarta agora. Isso me deixa num ritmo de treino muito melhor. Ela é uma grande atleta e sei que vamos fazer um grande combate”, declarou Pacheco.
Outro brasileiro presente no card do dia 31 de dezembro é Natan Schulte. Campeão do Grand Prix dos pesos-leves (70 kg) em 2018, o lutador de Santa Catarina visa se consolidar pela segunda temporada seguida como o melhor atleta de sua categoria no PFL. Além claro, de faturar pelo segundo ano consecutivo, o prêmio de 1 milhão de dólares (cerca de R$ 4 milhões).
“Estou muito feliz, o PFL proporcionou isso aqui para mim, de estar lutando entre os melhores. Fui campeão ano passado, fiz por merecer e agradeço a Deus e ao PFL por estar aqui de novo. (Vou expor o Loik) com muita pressão, com o mesmo jogo que venho apresentando nas últimas lutas. Fiz uma bela temporada ano passado assim como nesse ano. E com toda essa força, quero mostra o porquê de eu ter sido campeão e porque vou continuar sendo”, relembrou Natan.
Além destas duas disputas, mais quatro finais de ‘GP’ serão disputadas em Nova York: peso-pena (66 kg), meio-médio (77 kg), meio-pesado (93 kg) e peso-pesado. Para completar o card, uma disputa não válida pelo cinturão. O brasileiro David ‘Valente’ mede forças com o inglês Brendan Loughnane nos pesos-penas – em confronto que abre o evento.
O PFL promoverá as pesagens oficiais do último card do ano no MMA nesta segunda-feira. E na terça-feira, último dia do ano, o evento ocorrerá a fim de definir quais atletas terminarão a temporada no topo de suas respectivas categorias.