Claudia Gadelha em ação em sua última vitória, sobre Randa Markos – Rigel Salazar
Desde 2014 no Ultimate, Claudia Gadelha confia que somente agora está colhendo melhor os frutos de seus treinamentos para chegar ao topo da categoria peso-palha (52 kg). Apesar de já ter disputado o cinturão da divisão, em 2016, quando foi derrotada pela até então campeã Joanna Jedrzejczyk, a brasileira adiantou que agora está no seu auge da carreira e deixou para traz erros que faziam parte do seu jogo.
Durante o media day do UFC 246, evento que acontece neste sábado (18) e no qual a brasileira encara a mexicana Alexa Grasso, a lutadora destacou sua evolução nos treinamentos. De acordo com a atleta, atualmente ela deixou para trás a pressão de conquistar o título e, dessa maneira, tem conseguido melhores atuações.
“Acho que sim (estou no meu auge). Agora estou mais inteligente treinando, de maneira diferente. Não tomo tanta pancada na cabeça. Vivo melhor momento no treino e na vida pessoal. (…) Naquela época (início da trajetória no Ultimate) eu era imatura como atleta, mas muito faminta. Tinha fome de vitória. Entrei no UFC para ser a brasileira campeã, então tinha aquela pressão nas minhas costas, treinava muito para isso. Não aconteceu, mas continuei trabalhando para mostrar boas performances e hoje em dia sei mais o caminho para me manter bem na organização e no futuro disputar o título”, afirmou a atual número seis do ranking da categoria.
O resultado da melhora de Gadelha deve-se a sua mudança para os Estados Unidos. Há três anos no país, a lutadora afirmou que agora conta com uma atenção especial de sua equipe para corrigir suas falhas. Atualmente a peso-palha está treinando na equipe Ricardo Almeida Jiu-Jítsu, localizada em Nova Jersey.
“Saio da zona de conforto aqui de Las Vegas e vou para lá. Agora mesmo, que estava muito frio, sofri bastante, mas sinto que evoluo muito. Toda vez que faço camp lá sinto isso e é um lugar que quero continuar treinando”, antes de falar sobre quais erros conseguiu consertar desde de sua mudança de equipe.
“É uma coisa que até o Joe Rogan tinha falado. Que era para corrigir a Claudia mexendo a cabeça. Eram erros técnicos que fazia e nem percebia. Agora meus treinadores analisam e me dizem o que estava fazendo errado”.
Com sua mudança para os Estados Unidos, Claudia também se aproximou da ring girl do UFC, Camila Oliveira. Ambas estão sempre juntas, postando fotos nas redes sociais, e a lutadora valorizou a relação que construíram.
“A Camila está sempre comigo aqui em Las Vegas. Tenho outras amizades brasileiras também aqui, que fazem que eu me sinta no Brasil. Mas a Camila é meu braço direito e me ajuda no que pode”, finalizou.
Aos 30 anos, Gadelha soma 17 vitórias e quatro derrotas em seu retrospecto profissional como lutadora de MMA. Já Alexa Grasso tem menos lutas no seu cartel, com 11 triunfos e três reveses.