Junior ‘Cigano’ volta ao octógono do UFC no proximo dia 6 de julho, contra Francis Ngannou, em Las Vegas (EUA). Embalado por três vitórias consecutivas, o catarinense poderá se credenciar à disputa do título dos pesos-pesados, caso derrote o rival. E, para seguir na busca pelo cinturão, ele garantiu que manterá a estratégia dos triunfos anteriores no duelo contra o temido camaronês.
Conhecido pelo boxe afiado, ‘Cigano’ aposta na sua agilidade para derrotar o atual segundo colocado do ranking dos pesados. Afinal, foi desta forma que ele anotou sequência de três triunfos ao superar Blagoy Ivanov, Tai Tuivasa e Derrick Lewis. E apesar de Ngannou seguir com o poder de nocaute que lhe rendeu duas recentes vitórias no primeiro round, o brasileiro garantiu em entrevista à Ag. Fight que está disposto a travar um duelo de trocação com o oponente.
“Nos pesos-pesados, quem conectar o soco primeiro normalmente leva uma vantagem, mas não vou treinar diferente para ele não. É claro que tenho que tomar muito cuidado para manter a movimentação, porque é aquele negócio né? Você não consegue me bater se não conseguir me encontrar (risos). Sou muito mais veloz, minha movimentação é superior também. Então, esse é um aspecto que a gente vai explorar”, destacou, antes de explicar como funciona a sua estratégia de luta.
“Sou um cara agressivo, eu busco a luta. Mas não me exponho, tento não me expor a momentos perigosos, digamos assim. Tento evitar eles ao máximo, para o meu melhor proveito. Sou um cara que vem do boxe. E o boxe é bater e sair, bater sem ser atingido – é um pouco diferente. O boxe é movimentação, eu bato e saio. Tem vezes que dá certo e tem vezes que não. O lance é trabalhar duro para que essa estratégia dê sempre certo”, projetou.
O ex-campeão dos pesados garantiu que está confiante em sua habilidade em pé, mas e se Ngannou quiser levar o combate para o chão? Apesar de ressaltar que sua especialidade é o boxe, ‘Cigano’ não descartou a possibilidade de tentar uma finalização, ainda que tenha vencido por este meio em apenas um de seus 21 triunfos nas artes marciais mistas.
“Na verdade, essa é sempre uma opção (levar para baixo). Sou um lutador de MMA. O carro chefe é o boxe, mas, uma vez que eu veja a oportunidade de derrubar… Não que eu não tenha tido nas últimas lutas, normalmente eu opto por manter a luta em pé, porque é onde me sinto confortável, confiante. E, para mim, é sempre muito importante terminar uma luta com nocaute, é uma forma que me faz sentir bem”, concluiu.