Charles ‘Do Bronx’ é o recordista de finalizações do UFC, com 13 ao todo – Felipe Paranhos
Desde que o Ultimate oficializou o próximo confronto de Charles ‘Do Bronx’, os fãs de MMA que acompanham o trabalho do brasileiro mais de perto ficaram indignados com o adversário escolhido pela organização. E durante entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, o peso-leve (70 kg) admitiu que também esperava um rival de maior renome do que Jared Gordon. No entanto, o especialista de jiu-jitsu destacou que o americano foi o único a aceitar o confronto no UFC São Paulo, agendado para o dia 16 de novembro.
Outro fator que, de acordo com Charles, pesou para o paulista ter aceitado o desafio foi o tempo ausente dos octógonos. Do Bronx não entra em ação desde maio deste ano, quando nocauteou Nik Lentz. Feliz de poder atuar ‘em casa’, o atleta da Chute Boxe não escondeu a frustração de encarar um adversário não ranqueado em sua categoria.
“Cara, eu queria e quero um cara ranqueado e que esteja na minha frente, mas isso não aconteceu. Não vejo o Jared como um cara fácil, e sim como um cara duro e guerreiro que vai procurar a luta o tempo todo. Ninguém vem para o Brasil só para lutar, o cara vem para vencer. Tenho que estar 100% pronto para poder trazer uma grande vitória, poder embalar mais uma vitória seguida, não posso brincar nem bobear. Não tem como eu ficar esperando um cara ranqueado para sempre, tem seis meses que não luto, preciso lutar”, explicou Charles, antes de revelar seus planos até o fim da temporada.
“Venho pedindo muitas lutas, meu empresário fica até maluco porque toda hora estou enchendo o saco dele. Uma coisa pegou na outra, lutar em São Paulo, na minha casa. Querendo ou não o ano já está acabando, quero fazer três, quatro lutas no ano. Ele foi o único cara que aceitou lutar comigo no Brasil, então não tinha muito o que fazer”, completou o peso-leve de Guarulhos.
Embalado por uma sequência de cinco vitórias seguidas e atual número 13 do ranking, Do Bronx não pretende mudar sua postura fora dos octógonos para vislumbrar um trajeto mais curto até o estrelato. Ao ser perguntado pela reportagem da Ag Fight sobre a possibilidade de provocar rivais melhores ranqueados, o brasileiro foi direto ao ponto.
“O cara que fala demais com certeza ele vende, o cara que provoca com certeza ele vende mais. Mas cara, vou fazer dez anos no Ultimate, nunca vendi minha luta falando ou criticando. Não vou mudar meu estilo para poder lutar ou ganhar mais dinheiro. A gente sabe que um Conor McGregor da vida ganha muito dinheiro porque ele fala e vende. Mas esse não é meu jeito, eu vendo a luta lá dentro dando show”, concluiu o atleta de 30 anos.
