TJ Dillashaw é ‘persona non grata’ para Henry Cejudo. O ex-campeão peso-galo (61 kg), que foi flagrado sob uso de substâncias proibidas, está suspenso do UFC por dois anos, mas nem quando voltar poderá enfrentar o atual detentor do cinturão peso-mosca (57 kg) – e quem diz isso é o próprio Cejudo.
Em março, Dillashaw anunciou que estava renunciando ao título por ter sido pego no doping. A informação foi logo confirmada pela USADA, que, na semana passada, revelou a substância encontrada no corpo do lutador: eritropoetina. A EPO, como é conhecida, é responsável por estimular a produção de glóbulos vermelhos, o que melhora substancialmente a capacidade cardiorrespiratória de seu usuário. A situação incomodou muito Cejudo, que, em entrevista coletiva durante o fim de semana do UFC 236, negou desde já uma revanche a TJ.
“Eu nunca mais vou lutar com ele, cara. E não, não estou com medo ou algo assim. Apertei a mão dele, isso é um esporte. Isso não é beisebol: você não está acertando uma bola, há outro ser humano. Não quero nada com ele. Não importa o que eles possam me oferecer, o que eles me deem. Nos meus olhos, TJ tem más intenções, literalmente. Não há nenhum desejo meu por essa luta. Nunca usei drogas”, falou.
“Ele supostamente fazia uso antes da USADA, e mesmo Cody estava tipo: ‘Cara, cuidado, ele trapaceia’. As pessoas vinham até mim, e eu nunca levei a sério porque achei que essa parte do MMA havia acabado, mas uma vez que você descobre que ele fazia uso de doping, é tipo: esse cara não está sendo justo. É um pouco sujo, cara. Isso não é bom para o nosso esporte. Ele poderia me machucar”, argumentou.
Dillashaw enfrentou Cejudo em janeiro, mas sucumbiu por nocaute em menos de um minuto. A vitória de Henry na superluta deu força à categoria dos moscas, que, naquele momento, já era alvo de especulações sobre seu fim. O campeão da divisão agora vai subir para os galos, a fim de enfrentar Marlon Moraes no UFC 238, em 8 de junho, em luta que vale cinturão deixado vago por TJ.