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Carcereiro, porteiro e muito mais. Lutador ‘faz tudo’ ganha nova chance no Jungle Fight

‘Astro da Maldade’ faz sua segunda aparição no Jungle Fight neste sábado (15) – Leonardo Fabri

Neste sábado (15), Anderson Oliveira do Nascimento entra em ação no Jungle Fight, com sede no Rio de Janeiro. No entanto, até chegar a um dos maiores eventos de MMA do Brasil, o meio-médio (77 kg) trabalhou duro, e não necessariamente nas artes marciais mistas. ‘Astro da Maldade’, como é conhecido, já exerceu a função de carcereiro, porteiro e até mesmo corretor de imóveis a fim de equilibrar as contas e manter o sonho de ser lutador profissional aceso.

E como não poderia deixar de ser, Anderson chega mais do que motivado para mostrar serviço no Jungle Fight. Após estrear com vitória por nocaute em dezembro passado, o brasileiro volta a competir na organização diante de Paulo Henrique Laia neste sábado. Confiante, o ‘Astro da Maldade’ destacou que se sente seguro em todas as áreas do jogo diante de seu adversário.

“Sou faixa-preta de Jiu-Jitsu. Quando eu comecei a lutar MMA, a minha maior deficiência era a parte de chão. Eu era faixa branca. Mas eu treinei tanto que a minha deficiência se tornou a minha maior arma. Não tenho medo do chão de ninguém e nem da mão de ninguém. Se ele quiser me levar para o chão, vou fazer chão. E ele que prepare o pescoço, porque eu vou apertar o pescoço dele. Mas a verdade é que quando eu frustrar as primeiras entradas de queda dele, ele vai ficar apavorado porque ele sabe que a minha mão dura vai entrar”, analisou Anderson, antes de falar sobre sua rotina atual.

“Eu me divido entre família, trabalho, treino e lutas. Faço MMA por amor, porque o que eu ganho hoje nos eventos que eu luto não dá para pagar as minhas contas ainda. Hoje sou contratado pela prefeitura de Aracaju como prestador de serviço. Eu ganho por hora de aula. Dou aulas de Jiu-Jitsu para crianças no CRAS, que é um centro de atendimento a família da secretaria de assistência social aqui de Aracaju. Dou aula pela manhã para as crianças e a noite dou aula particular de muay-thai. Nos intervalos eu treino para poder lutar”, completou o sergipano de 33 anos.

Antes de adentrar ao Jungle Fight, Astro da Maldade ficou dois anos afastado do esporte e pensou até mesmo em pendurar as luvas. No entanto, após a oportunidade bater em sua porta, o meio-médio agarrou com unhas e dentes e já projeta grandes feitos na nova organização. De acordo com Anderson, seu objetivo é conquistar o cinturão da liga nacional ainda na temporada de 2020.

“Fiquei um tempo parado porque o mercado sergipano, e também o brasileiro, não é tão bom nesta questão de viver de luta. Então, eu dei uma desanimada de lutar. Fiquei treinando apenas por hobby. Cheguei a ficar bem pesado, bem gordinho, cheguei a pesar 104kg, e eu luto de 77kg. Nesse período estudei para fazer concurso público, consegui umas boas colocações, mas surgiu essa oportunidade de lutar no Jungle e a chama acendeu de novo. Estou vivendo um momento muito bom na carreira. Estou com 33 anos e nunca me senti tão bem fisicamente. Estou no meu auge físico e consegui chegar também no auge técnico. Tenho certeza que vou fechar o ano de 2020 com o cinturão do Jungle Fight”, concluiu o “Astro da Maldade”.

Em sua curta trajetória no MMA profissional até então, Anderson Oliveira soma quatro vitórias e duas derrotas.

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