Apesar do sucesso como campeão do UFC, os últimos anos da carreira de Robert Whittaker não têm sido fáceis. Com lesões e cirurgias que o impediram por diversas vezes de exercer sua função, o peso-médio (84 kg) revelou, recentemente, que sofreu de depressão e cogitou pendurar as luvas. E, às vésperas do confronto diante de Israel Adesana, o atleta australiano explicou o motivo de ter aberto o jogo sobre um assunto tão delicado.
Na visão de Whittaker, a doença tem de ser debatida cada vez mais e ele, como campeão do Ultimate, tem um grande alcance para alertar as pessoas sobre os riscos e os detalhes da depressão. Aparentemente recuperado, o atleta australiano projeta um futuro mais ativo dentro dos octógonos de agora em diante.
“Era algo que eu queria falar sobre. Mas tinha que saber como primeiro. Tinha que reconhecer o problema e estar apto a analisa-lo eu mesmo como um todo. E também imaginei que muitas pessoas podem aprender algo com as minhas próprias experiências. Sinto que com o meu alcance, com a quantidade de fãs e por estar no centro dos holofotes, é de minha responsabilidade transmitir essa mensagem para todos”, explicou Robert, antes de falar sobre seu futuro.
“Eu pessoalmente gostaria de lutar muito mais. Eu adoraria ser mais ativo e poder entrar lá e trabalhar com mais frequência. Obviamente, as duas últimas lutas foram difíceis e tive algumas doenças estranhas. Elas não são como pequenos ferimentos onde eu me afastei porque machuquei meu joelho. Eu peguei catapora uma vez e depois fiz uma cirurgia intestinal de emergência na segunda vez. É estranho, mas eu gostaria de lutar mais regularmente depois disso”, completou, em entrevista ao ‘MMA Fighting’.
Neste sábado (5), no UFC 243, Whittaker entrará em ação pela primeira vez em 2019. O campeão linear dos pesos-médios até chegou a ser escalado para outro card na Austrália em fevereiro deste ano, mas foi retirado do show às vésperas do duelo diante de Kelvin Gastelum para realizar uma cirurgia de emergência no intestino.