Liberado sob fiança após passar oito meses preso, Cain Velasquez poderá voltar a atuar como atleta profissional. Na última terça-feira (22), o ex-campeão do UFC teve seu pedido atendido por um juiz do Condado de Santa Clara, na Califórnia (EUA), e recebeu a permissão para voar rumo ao estado norte-americano do Arizona, onde participará de um evento de pro wrestling da companhia ‘Lucha Libre AAA Worldwide’.
A decisão do juiz Arthur Bocanegra permite que o ex-campeão do UFC deixe seu confinamento domiciliar sem a necessidade de monitoramento via GPS, apesar da objeção feita pelo promotor municipal Leigh Frazier. Por viajar sem monitoramento, o juiz determinou que Cain contrate um oficial da polícia para o trabalho de acompanhá-lo e arque com os custos. Velasquez deverá deixar a Califórnia no dia 1º de dezembro e voltar no dia 4 do mesmo mês.
Velasquez foi preso, em fevereiro, acusado de tentativa de homicídio após supostamente se envolver em uma perseguição de carro em alta velocidade e disparar vários tiros contra um veículo contendo Harry Goularte, suspeito de abusar sexualmente de seu filho em uma creche. Depois de ter sua liberdade condicional negada algumas vezes, o ex-lutador do UFC foi solto mediante pagamento de fiança de um milhão de dólares (cerca de R$ 5 milhões) no início deste mês. Recentemente, o americano havia solicitado na Justiça a possibilidade de voltar a trabalhar.
Cain Velasquez, de 40 anos, assombrou o peso-pesado do UFC durante um longo período. O americano estreou na maior organização de MMA do mundo em 2006 e conquistou o título da categoria duas vezes (2010 e 2012). Seus triunfos mais importantes foram sobre Antônio ‘Pezão’ (duas vezes), Ben Rothwell, Brock Lesnar, Cheick Kongo, Junior ‘Cigano’ (duas vezes), Rodrigo ‘Minotauro’ e Travis Browne. Após se afastar das artes marciais mistas, em 2019, o veterano decidiu se aventurar no pro-wrestling.