Paulo ‘Borrachinha’ segue invicto em sua carreira no MMA após 13 lutas – Diego Ribas
Antes de estrear no UFC, em março de 2017, Paulo ‘Borrachinha’ já tinha a fama de possuir um estilo agressivo de lutar, tendo anotado até então oito vitórias seguidas por nocaute no primeiro round. Dois anos e meio depois, com mais quatro triunfos pela via rápida em cinco combates, o lutador já é o principal nome brasileiro na categoria peso-médio (84kg) do Ultimate e o próximo desafiante ao cinturão. Mas o sucesso e os holofotes voltados para ele podem ter seu lado negativo. Afinal, o mineiro já coleciona desafetos na franquia e um deles é o campeão interino da divisão: Israel Adesanya.
O nigeriano, inclusive, pode cruzar o caminho do atleta de 28 anos em breve, já que no próximo dia 5 de outubro ele encara Robert Whittaker pela unificação dos títulos dos médios, no UFC 243, em Melbourne (AUS). O vencedor deste confronto deve ser o próximo adversário de Borrachinha, que em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, confirmou que irá ao evento ver essa luta de perto e com um discurso afiado pronto
“Eu não gostaria que o Adesanya lutasse contra mim, porque ele vai correr risco de morte. Ele não tem estrutura física para aguentar lutar contra alguém com golpes tão potentes como eu. Acho que ele vai correr esse risco”, afirmou, complementando o porquê de se considerar o grande “alvo” dos seus oponentes.
“O Adesanya… Ele sabe promover bem a luta, por isso fala de mim, por isso todos os pesos-médios falam de mim. Eles sabem que eu sou o atleta com mais visibilidade do momento. Todos querem pegar um pedacinho, aproveitar. Foi assim com o Conor (McGregor), agora é com o Khabib (Nurmagomedov). Sempre vai acontecer”.
Desde que José Aldo, em agosto de 2016, foi nocauteado por Max Holloway e perdeu o cinturão peso-pena (66 kg), o Brasil não tem mais um lutador masculino com título do Ultimate. Neste ano, Marlon Moraes, no peso-galo (61 kg) e Thiago Marreta, no meio-pesado (93 kg), bateram na trave quando tiveram a chance. Atualmente Amanda Nunes é a única brasileira com cinturões da organização – a ‘Leoa’ é dona dos títulos dos galos e dos penas.
“O Brasil precisa de um representante campeão masculino, como já tivemos vários. Não temos nenhum neste momento, mas eu estou aqui para ser esse campeão. É questão de tempo eu lutar pelo título e, quando eu lutar, serei o campeão e vou representar a nossa nação”, acredita ‘Borrachinha’.
Das cinco lutas que fez no Ultimate, Borrachinha só chegou ao terceiro round em sua última, contra Yoel Romero, quando ganhou por decisão unânime dos jurados. Em uma eventual disputa de cinturão, o brasileiro terá que medir forças em uma melhor de cinco assaltos, nada, porém, que pareça o preocupar – principalmente quando questionado sobre seu condicionamento físico.
“Meu gás é animal. Não tem ninguém com um gás tão forte como o meu. Imagina um cara com 98kg de massa muscular, explodindo com tanta potência nos golpes, fazendo um ótimo primeiro e segundo rounds (na luta contra o Romero). Quem consegue? Ainda lutei bem o terceiro round. Meu gás é excelente. Não se preocupem com isso”, garantiu o atleta.
Com 28 anos, Paulo ‘Borrachinha’ tem um cartel de 13 vitórias e nenhuma derrota na carreira. Das cinco lutas que possui no UFC, o lutador recebeu três prêmios. Duas por ‘Performance da Noite’ e uma com a ‘Luta da Noite’.