O presidente do Bellator, Scott Coker, pronunciou-se sobre a recente declaração de Wanderlei Silva de que tinha sintomas de Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), doença também conhecida como ‘dementia pugilística’. Em entrevista ao site ‘MMA Fighting’, o mandatário da organização condicionou o retorno do veterano a uma completa checagem te sua posterior liberação para lutar MMA.
Coker fez questão de ressaltar o respeito aos feitos já obtidos por ‘Wand’ em sua carreira, mas ressaltou que a empresa não colocará o atleta em risco. Além disso, o dirigente destacou que o ‘Cachorro Louco’ já tem um legado como profissional de MMA e que não precisa mais lutar para manter seu nome na história.
“Nosso objetivo é a segurança do lutador em primeiro lugar. Não vamos nos colocar em uma situação em que o lutador está lesionado ou com questões de concussões e vamos colocá-lo no ringue ou no cage. Isso não faz sentido. Acho que, se Wanderlei quiser voltar, ele precisa passar por uma liberação completa e se certificar de que ele está bem. Eu sou um fã de Wanderlei. Ele já conquistou tudo. O que mais ele precisa fazer? Ele é uma lenda. Para mim, ele não precisa lutar mais para manter a continuidade de seu legado. Ele luta porque quer lutar. Mas, se ele tem problemas sérios, ele deveria cuidar disso, porque isso é para sempre”, afirmou.
Wanderlei tem 42 anos e luta MMA desde 1996, quando o esporte ainda se chamava vale-tudo. O paranaense começou a carreira lutando muay thai e, recentemente, relatou que, quando jovem, acreditava que ser golpeado com frequência e intensidade aumentava a resistência — quando a verdade é o contrário. Como profissional de artes marciais mistas, Silva tem 35 vitórias, 14 derrotas — sete por nocaute ou nocaute técnico —, um empate e um ‘no contest’ em seu cartel.