A derrota de Anderson Silva no UFC 237, no Rio de Janeiro, sábado (11), foi a décima de sua carreira e a segunda que foi gerada por uma lesão. Cinco anos e meio depois de fraturar a perna contra Chris Weidman, ‘Spider’ sentiu uma lesão pregressa no joelho ao tomar um chute de Jared Cannonier. E apesar do momento de baixa, o ex-campeão dos médios (84 kg) manteve o otimismo e repeliu a possibilidade de parar – pelo menos segundo o que escreveu aos fãs.
Pelo Instagram (veja abaixo ou clique aqui), o brasileiro postou um texto sobre estar em atividade aos 44 anos. Anderson afirmou que não pretende ser visto com pena e, ainda que metaforicamente, prometeu retornar ao octógono – embora tenha citado ‘pressões’ para que se aposente.
“Até o limite… A dor é sua amiga… Ela mostra que você não está morto ainda. Dizem por aí que grandes símbolos tornam-se grandes alvos, talvez… Mas a coisa mais importante é não se vitimizar: se caiu, levante; se quebrou, conserte. Nada de desistir ou achar que não consegue porque perdeu uma batalha. O ditado é um só: eu vou até o fim e quanto mais me pressionarem, mais eu vou querer ir até o fim. Não existe nada selvagem que sinta pena de si mesmo. Um leão velho rodeado de hienas famintas loucas para devorá-lo, e ele mesmo assim luta até a morte sem nunca ter sentido pena de si mesmo. E não será diferente comigo! Força e honra!”, escreveu.
Anderson é profissional de MMA desde 1997, quando o esporte ainda era conhecido como vale-tudo. Ele chegou ao UFC em 2006 e iniciou uma jornada invicta que durou sete anos, assim como seu reinado como campeão dos médios. Desde a primeira derrota para Weidman, porém, ‘Spider’ só tem uma vitória no cartel, contra Derek Brunson, em 2017. Seu outro triunfo no octógono, diante de Nick Diaz, dois anos antes, foi transformado em ‘no contest’ por causa de um exame antidoping positivo.