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Anthony Smith revela regra imposta para o seu córner: “Se jogar a toalha, está demitido”

Anthony Smith foi superado por Glover Teixeira em sua última luta – Rigel Salazar

Ciente das pesadas críticas sofridas por seu córner após o atropelo sofrido pelas mãos de Glover Teixeira na edição do UFC realizada no dia 13 de maio, Anthony Smith reforçou a defesa de que seus treinadores cumpriram com seu papel ao não interromper a peleja antecipadamente. Em entrevista à emissora americana ‘ESPN’, o meio-pesado (93 kg) revelou ainda que possui um acordo com os responsáveis por acompanhá-lo em suas lutas, no qual eles estão proibidos de jogar a toalha, independente da situação.

De acordo com o lutador, muito antes da derrota para Glover, seus treinadores já estavam cientes dessa regra imposta por ele, sob a pena de demissão caso seja descumprida por algum deles. Smith enfatizou ainda que o trabalho de seu córner é ajudá-lo a vencer seus combates, e que a responsabilidade por decidir se um atleta tem condições ou não de continuar na peleja cai sobre o árbitro e o médico designados para acompanhar o duelo.

“Eu me sinto mal porque eles (treinadores) estão em uma posição difícil. Eu não sei se eles queriam interromper a luta ou se pensaram nisso, mas eu tirei essa opção deles antes de tudo isso acontecer. Se você quiser ficar no meu córner, essa é a minha regra, você não interrompe a luta. Deixe nas minhas mãos, não tire isso das minhas mãos. Então, eu avisei a eles antes: ‘Se você interromper a luta, se você jogar a toalha, você pode voltar para o vestiário sozinho porque você está demitido e eu nunca mais vou ficar ao seu lado’. Não preciso de um ponto fraco no meu córner. Do jeito que eu luto, eu me coloco em posições de m*** às vezes, e é assim que acontece. Na maioria das vezes, eu sou capaz de reverter isso e vencer, e em algumas ocasiões você não consegue. Às vezes você fica sem tempo, outras vezes é uma ladeira muito íngreme para subir”, revelou Smith, antes de completar.

“Mas eu não preciso desses pontos fracos, não preciso entrar em posições ruins, trabalhando duro para conseguir chegar em uma posição melhor, e constantemente ficar preocupado de que meu córner vai fazer algo e não me dar a oportunidade. Então, se eles pensaram ou não, isso não importa. Essa é a regra, nós não interrompemos as lutas. Existem muitas outras pessoas responsáveis por isso – o árbitro e o médico – e tem uma razão para essas pessoas terem um emprego. Esse é o trabalho deles, se o árbitro achasse que deveria ter interrompido, então isso é com ele. Se o médico achar que eu não posso continuar, isso é com ele. Esse é o seu trabalho, é para isso que ele estudou, é por isso que ele está sendo pago. Eu estou pagando eles (treinadores) para me ajudar a ganhar lutas, eu não preciso que eles fiquem constantemente preocupados com o quanto dano eu estou sofrendo, esse não é o trabalho deles. Eles são pagos para me ajudar a ganhar lutas, é isso”, concluiu.

Após levar a melhor no primeiro round, Anthony Smith viu Glover Teixeira virar o jogo e dominar amplamente os assaltos seguintes, até o combate ser interrompido pelo árbitro Jason Herzog com pouco mais de um minuto percorrido no quinto período. A demora na interrupção, que ampliou os danos sofridos pelo americano, fez com que tanto o árbitro como o córner de Smith fossem alvo de críticas.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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