Após se lesionar novamente no octógono do UFC, Anderson Silva cogitou a aposentadoria em desabafo nas redes sociais. No último sábado (11), durante o confronto contra Jared Cannonier, no Rio de Janeiro, o brasileiro foi golpeado na perna e desabou com dores no joelho direito. Deste modo, ele agora reflete se, aos 44 anos, vale a pena dar prosseguimento à carreira.
Por meio de publicação nas redes sociais (veja abaixo ou clique aqui) o ex-campeão dos pesos-médios (84 kg) do UFC compartilhou o seu questionamento com os seus seguidores. Com o revés no UFC Rio, Anderson chegou à sexta derrota nas últimas oito lutas. E isso, somado ao peso da idade e da dificuldade cada vez maior de se recuperar das lesões pode fazer com que ele pendure as luvas em breve.
“Parar ou continuar? (…) Nesses quatro dias, após mais uma missão que não foi bem sucedida, estou me questionando se ainda devo ou não continuar treinando, me dedicando, superando lesões, dores etc. Me pergunto sempre: ‘Será que o amor que sinto pelo meu esporte não está consumindo minha mente e meu corpo a ponto de não poder mais continuar?’ Enfim, tudo o que sempre fiz foi ser um bom soldado no meu campo de batalha, o mais bem treinado, o mais disciplinado e pronto para morrer pela minha missão, pois meu amor ao meu trabalho sempre falou e fala mais alto”, destacou.
“Eu tenho a plena certeza que posso fazer tudo isso mais mil vezes, mas nos últimos quatro dias, com dor e com a incerteza – que não são novidades na minha rotina, (mas) estão me consumindo mais do que antes -, na verdade meu coração e minha mente de guerreiro me confundem a ponto de criar dúvidas. Por outro lado, percebo que não sou e nem tenho que ser perfeito, (e) o quanto essa busca durante anos me trouxe coisas boas e ruins também”, completou.
Apesar do questionamento, Anderson ressaltou que insucessos fazem parte da carreira de praticamente todo atleta. Assim, ele deixou em aberto a possibilidade de, após se recuperar da lesão, voltar a praticar o esporte em que conquistou os cinturões do Shooto, do Cage Rage e do UFC, além de 34 vitórias, dez derrotas e uma luta sem resultado em seu cartel profissional.
“Fracassos são sempre os melhores professores e é nos momentos difíceis que as pessoas precisam encontrar uma razão para continuar em frente. As nossas ações, especialmente quando temos de nos superar, fazem de nós pessoas melhores. A nossa capacidade de resistir e de continuar no caminho é que nos torna pessoas especiais”, concluiu.