Jared Cannonier foi o atleta mais vaiado do UFC no Rio de Janeiro – Leandro Bernardes
O comportamento da torcida presente na Jeunesse Arena para o UFC 237 não fugiu do protocolo: de maneira geral, muita hostilidade contra os atletas estrangeiros. No entanto, nenhum outro lutador recebeu mais vaias do que Jared Cannonier no último sábado (11). Algoz de Anderson Silva, o americano foi praticamente impedido pelo público brasileiro de falar após seu triunfo sobre o ‘Spider’.
Foram alguns minutos de intenso barulho que impediram que o peso-médio (84 kg) pudesse analisar sua vitória sobre Anderson. Mas apesar do ocorrido, ‘The Killa Gorilla’, como é conhecido, minimizou a forma com que foi tratado pelos brasileiros.
“Acho que fui vaiado dessa forma porque de certa forma eu provoquei um pouco com o lance do ouvido (Jared fez o gesto com as mãos na orelha, como quem ‘pede’ mais vaias). Não vou me desculpar pelo que fiz, mas entendo o que o público sente. Eles têm muita paixão”, afirmou Jared, durante a coletiva de imprensa realizada após o show.
A forma que Silva foi derrotado também foi assunto durante a cerimônia pós-show. O brasileiro alegou que já sentia dores na região golpeada antes do combate. Cannonier, por sua vez, respondeu ao veterano e pediu créditos ao golpe que gerou a lesão.
“Se ele estava com a perna lesionada, ele não deveria estar lutando. Não foi por isso que eu ganhei. Chutei a perna dele, por isso que ganhei. Que lesão foi essa? Era um ‘dodói’ na perna? Um machucado? Ninguém sabe. Eu sei que fiz meu trabalho”, concluiu o americano.