Israel Adesanya tem duelo marcado contra Kelvin Gastelum no UFC 236, em 13 de abril, mas o foco de suas palavras, pelo menos por enquanto, é outro. Embora ainda nem tenha disputado o título interino dos médios (84 kg), o nigeriano já se coloca como desafiante ao cinturão linear da organização, atualmente sob poder de Robert Whittaker. Em entrevista ao programa ‘Submission Radio’, a revelação do MMA elaborou um argumento para explicar sua confiança de que será o novo rei da categoria.
Segundo ‘The Last Stylebender’, os dois adversários que mais causaram problemas a Whittaker nos últimos anos não ofereceram ao campeão o tipo de dificuldade que ele pode impor. Sempre cheio de si, Adesanya afirmou que, apesar de já ter encantado o público no octógono, ainda vai evoluir bastante.
“Não sou como Wonderboy (Stephen Thompson). Mesmo em relação à maneira que eu luto, não sou como Wonderboy. Não sou como ninguém que ele já tenha enfrentado e que já tenha lhe causado problemas, a depender da categoria. Não sou como Yoel Romero. É diferente. Ainda estou aprendendo. Você sabe, mesmo que eu tenha tantas lutas em só um ano, eu aprendi e cresci com cada luta, mas só tenho um ano no UFC”, declarou.
Israel voltou a bater na tecla de que sua maior meta como lutador não é conquistar o cinturão do Ultimate. Ele explicou que não se trata de desdenhar do objeto de desejo de quase todo atleta de MMA. Segundo o nigeriano, trata- se de saber que a conquista não necessariamente resume o que pode ser sua carreira.
“Muitas pessoas estão falando que não se importam com o cinturão, mas não é verdade. Para mim, quando digo isso, realmente significa isso. Eu me importo com isso (o cinturão) da maneira que me importo com minhas joias. É realmente legal, assim como o que ele significa: ser considerado o melhor do mundo. Mas vou te falar uma coisa: conheci alguns lutadores no passado que eu considerei serem os melhores do mundo e nunca tiveram um cinturão. E o cinturão nem sempre é um bom julgamento sobre quem é o melhor lutador de fato”, analisou.
“Então, sim, para mim, o cinturão é mais ‘eu vivendo o que sonhei, conseguindo meu objetivo’. E é tipo: ‘And new’ (referência à expressão dita por Bruce Buffer quando anuncia uma conquista de título). Dana coloca o cinturão em sua cintura, o momento vai ser legal. Mas não vou me sentir diferente. Rashad Evans falou melhor: ele disse, depois de conseguir o título no UFC 92 contra Forrest Griffin, que esperava se sentir diferente, mas nunca aconteceu isso. E eu já sei isso sobre mim. Não vai ser diferente”, finalizou.
Adesanya começou no MMA em 2012, mas apenas quatro anos depois passou a se dedicar com mais intensidade à modalidade, uma vez que tinha uma carreira consolidada no kickboxing. O nigeriano já fez 16 lutas profissionais de artes marciais mistas, tendo vencido todas. Delas, cinco foram no Ultimate, enfileirando Rob Wilkinson, Marvin Vettori, Brad Tavares, Derek Brunson e Anderson Silva.