Israel Adesanya tem sido alvo de críticas recorrentes de fãs e até mesmo de companheiros de profissão, que alegam que o estilo de luta do nigeriano não tem sido tão empolgante dentro do octógono. Com o desafio de deixar as opiniões de lado e focar apenas em sua carreira, o campeão peso-médio (84 kg) do Ultimate recorreu a um dos maiores atletas da história do MMA em busca de um conselho: Georges St-Pierre.
Um dos lutadores mais dominantes do UFC, o canadense passou por situação similar na companhia. Durante sua carreira, ‘GSP’ se notabilizou pelo alto QI de luta e domínio estratégico sobre seus adversários, e não necessariamente por ser um exímio nocauteador ou finalizador. Com a experiência de quem sofreu anos de críticas dessa natureza, o ex-campeão meio-médio (77 kg) e peso-médio da liga aconselhou Adesanya.
“Acho que essa é uma das razões pelas quais você se importa tanto com todas as críticas (legado). É bom que você use isso como combustível para se motivar, isso te dá mais energia para provar que eles estão errados. Mas não passe do limite nisso, busque o equilíbrio”, afirmou ‘GSP’, antes de citar sua própria experiência como ex-lutador.
“Já vesti essa coroa, você está começando, e só piora (com o tempo). Estou sendo honesto com você (risos). A coroa é pesada. Ninguém consegue entender, mas piora, porque adiciona peso no seu ombro a cada luta. Toda luta é maior, as críticas são piores, as expectativas são maiores. Mantenha esse fogo. Porque essa aventura pode te mudar por dentro, seu cérebro, seu senso, você não quer mudar isso, especialmente agora. É bom ser como você é, não mude agora”, completou o canadense, em bate-papo compartilhado no canal oficial de Adesanya no Youtube.
É recomendável que a parte mental de ‘The Last StyleBender’ esteja em dia, já que o nigeriano está prestes a encarar um dos maiores desafios de sua carreira. No dia 12 de novembro, no UFC 281, o campeão peso-médio coloca seu título em jogo diante de um velho carrasco: Alex ‘Poatan’. Rivais da época em que competiam no kickboxing, os lutadores já mediram forças duas vezes na modalidade – com vantagem a favor do desafiante brasileiro, que levou a melhor nas duas oportunidades.