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José Aldo condena críticas de Borrachinha aos salários pagos no UFC

Não é raro que a relação entre patrão e funcionário se torne turbulenta por conta de pagamentos. No Ultimate, não é diferente. Dentro da companhia mais famosa de MMA do planeta, Paulo ‘Borrachinha’ é um dos atletas do plantel que mais faz coro por salários maiores para os lutadores. No entanto, para o compatriota José Aldo, o peso-médio (84 kg) do UFC não tem motivos para reclamar.

Em entrevista ao canal ‘Cara a Tapa’, o ‘Campeão do Povo’ usou a relação turbulenta de Borrachinha com o Ultimate quando o assunto são as bolsas de pagamento para opinar que é incoerente que um lutador peça uma valorização financeira após ter se assinado um contrato com bases salariais menores. Na visão de Aldo, Paulo deveria ter reivindicado seus desejos antes de firmar um acordo com a empresa.

“O Borrachinha chega agora e fala que quer receber mais, beleza. Sou o Dana (White) e você é o Borrachinha. Eu chego e digo: ‘Te dou tanto para você lutar aqui’. Aí você pega e fala um número, eu falo outro. É fato entre patrão e funcionário. A gente chega num acordo, foi aquilo que você pediu e assinou. Logo depois você faz uma luta, vence e fala que merece ganhar mais dinheiro? P***, exatamente (se tivesse perdido não aceitaria ter salário reduzido). Lógico que (UFC) poderia pagar mais. Por ser atleta hoje, quero receber mais, isso é fato. Mas todos têm um acordo, é um contrato assinado. Você assina lá, por seis lutas (…) Logo depois do acordo você já quer receber mais? Você assinou um contrato, cumpre a p*** do contrato. Quer receber mais? Pede antes de assinar, depois que assina já foi (…)”, destacou o ex-campeão dos pesos-penas (66 kg) do Ultimate, antes de fazer uma analogia com o futebol.

“Gabigol ou Pedro, assinam um contrato com o Flamengo de quatro anos. Depois de dois anos sendo artilheiro do campeonato vão falar: ‘Ah, mereço ganhar mais’. Não. Tá ali o contrato assinado. Se o Flamengo quiser renovar pela possibilidade de projeção maior, beleza. O Ultimate faz isso também, quando você luta pelo título, você faz um novo contrato, pode ganhar percentual (de venda) do PPV, e tudo mais. (…) Logo depois de uma luta fala: ‘O Ultimate ganha muito e eu deveria ganhar mais’. Por que não reivindicou então? Isso que não entendo”, completou.

Borrachinha e José Aldo entraram em ação no octógono pela última vez no mesmo card do Ultimate, o UFC 278, em Nova York (EUA). Na ocasião, o peso-médio mineiro embolsou a quantia de 130 mil dólares (cerca de R$ 680 mil), enquanto o peso-galo (61 kg) carioca, atleta da Nova União, recebeu o pagamento de 400 mil dólares (cerca de R$ 2 milhões).

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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