Recém-criada, a Global Fight League, nova organização de MMA, tem reforçado seu elenco com inúmeros veteranos que marcaram época em outras grandes companhias como UFC e Bellator. Até por conta desse contexto, quando Lyoto Machida foi anunciado pela ‘GFL’ na posição de gerente de equipe e não de competidor, muitos fãs dos esportes de combate deram como encerrada a carreira do brasileiro como lutador profissional. Mas tal premissa pode estar equivocada. Ao menos é isto que indica o próprio carateca, ex-campeão dos meio-pesados (93 kg) do Ultimate.
Em recente entrevista ao site ‘MMA Fighting’, ‘The Dragon’, como é conhecido, revelou que, a princípio, a GFL fez uma oferta para tê-lo como lutador de seu plantel. Após a recusa inicial, Lyoto aceitou o cargo de gerente para, primeiro, ver como a organização irá promover seus eventos na prática. O carateca brasileiro irá capitanear a equipe São Paulo ao lado do treinador Dedé Pederneiras. Único time sediado no Brasil, o grupo conta com grandes nomes do MMA nacional como Fabrício Werdum, Renan Barão e Maurício Shogun.
“Eu vim como gerente, mas não estou descartando a possibilidade de lutar. Não estou cravando que não vou mais lutar, não é assim. Mas não é uma prioridade para mim. Uma liga nova, quero vê-la acontecendo. Por isso quis vir como gerente primeiro, para ver como vai funcionar. Nunca estive desse lado antes. A porta como atleta (está aberta, mas) não é uma prioridade. Eu treino todos os dias. Não como se tivesse uma luta marcada, claro. Mas faço o que sempre fiz, treino jiu-jitsu, trocação, tudo. Se uma oportunidade viesse, é como se estivesse em meus 60%, aí precisaria apenas apertar o ritmo e me preparar para a luta. O que me faria lutar de novo é, talvez, um desafio. Algo que faça sentido para mim. Não pode ser qualquer coisa ou contra qualquer um. Você tem que entender seu momento”, ponderou Lyoto.
Tempo de inatividade
Caso realmente volte a competir profissionalmente, Machida teria que dar um fim a um período de inatividade que já dura quase três anos. Em sua última aparição, em 2022, o brasileiro acabou nocauteado por Fabian Edwards, no card do Bellator 281. À época, o revés representou o quarto resultado negativo em sequência na carreira de Lyoto, que via a idade avançada se tornar um empecilho dentro do cage. Hoje aos 46 anos, o carateca detém um cartel de 26 vitórias e 12 derrotas no MMA profissional.