Ex-campeão peso-pesado do UFC, Fabrício Werdum não vai mais participar da temporada inaugural da Global Fight League (GFL), pelo menos até segunda ordem. O lutador brasileiro estava previsto para encarar o americano Frank Mir na nova liga de MMA, mas a saída do americano, que precisou passar por uma cirurgia, fez com que o gaúcho tomasse a decisão de se retirar também do evento.
Em entrevista ao podcast “Mundo da Luta”, Werdum explicou que a luta contra Mir era o principal motivo pelo qual ele aceitou o convite para competir na GFL. Com o rival indisponível, o veterano admitiu que nenhum outro possível oponente despertou o mesmo interesse para que ele conseguisse se doar totalmente aos treinos de preparação.
“Tudo (estava) correndo bem, eu estava feliz da vida, muito motivado. Quando eu vi, uma notícia ruim: caiu Frank Mir. Vai operar as costas, teve uma lesão muito grave e já me deu uma desanimada. Eu não mostrei muito, mas todo mundo notou que eu não estava muito contente. O Frank Mir fazia sentido (enfrentar), assim como eu falei outras vezes (sobre o) Cigano. Ficou essa indecisão. Saiu o Frank Mir e eu decidi entre toda equipe, o mestre falou: ‘Werdum, tu tá fora. Acabou, vi que você não está na vontade. Quem sabe lá pra frente. Volta pras suas atividades. Vi que você estava feliz com tudo que estava fazendo’. Então, não vou lutar mais na GFL. Eu decidi não lutar, voltei pra casa, estou agora em Florianópolis. Refiz minha agenda toda, estou retomando minha vida, sem pensar na luta. Estou com 47 anos”, contou o veterano.
Carreira de Werdum
Fabrício Werdum, ex-campeão peso-pesado do UFC, marcou seu nome na história do MMA. Com uma cartel que inclui 24 vitórias, dez derrotas, um empate e uma luta sem resultado, e grandes conquistas, ele superou alguns dos nomes mais importantes da divisão, como Rodrigo Minotauro, Fedor Emelianenko, Cain Velasquez, Mark Hunt, e Alistair Overeem. Sua última luta foi em setembro de 2023, quando enfrentou Junior Cigano no Gamebred Bareknuckle MMA 5, evento em que foi derrotado em um confronto de MMA sem luvas.
Formato de disputa e sistema de pontuação
A Global Fight League promete movimentar o cenário mundial dos eventos de MMA. Além da contratação de veteranos renomados, com passagens pelas grandes organizações da modalidade, a nova liga propõe um formato de disputa diferente dos demais. Ao todo, seis equipes (Nova Iorque, São Paulo, Dubai, Los Angeles, Londres e Miami) vão disputar a temporada regular e inaugural da GFL – cada uma será composta por 20 lutadores, sendo dois representando cada uma das dez categorias de peso (sete masculinas e três femininas).
Os times – seis no total – foram formados através de um ‘draft’, processo de escolha de atletas pelas equipes de forma intercalada, assim como acontece nos principais esportes americanos. De forma similar ao que acontece na PFL, a Global Fight League vai utilizar um sistema de pontuação ao longo de sua temporada regular.
Se o profissional vencer a luta por via rápida (finalização ou nocaute), irá ganhar quatro pontos para o seu respectivo time. O atleta que vencer por decisão receberá três pontos. O empate vale dois pontos. Já o lutador que for derrotado por decisão soma um ponto. Quem perder pela via rápida não pontua. Sendo assim, as quatro equipes com a maior pontuação na primeira fase avançam para a semifinal.
Siga nossas redes sociais e fique ligado nas notícias do mundo da luta: X, Instagram, Facebook, Youtube e TikTok