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Wellington Turman momentos antes de uma luta no UFC
Leandro Bernardes

Entrevistas

Wellington Turman aprova octógono menor contra rival ‘fujão’: “Corre quando apanha”

Vindo de sua primeira vitória dentro do octógono do Ultimate, Wellington Turman encara Andrew Sanchez neste sábado (8), no card preliminar do UFC Las Vegas, de olho em repetir o feito de sua última apresentação e engatar uma sequência positiva na organização. Para isso, a jovem promessa do MMA brasileiro pode contar com a ajuda de um elemento novo em sua experiência na liga: o octógono menor do que o normalmente utilizado pela entidade.

De estilo agressivo e com o qual, por muitas vezes, opta por pressionar o adversário contra a grade, o peso-médio (84 kg) curitibano enxerga uma possível vantagem nos metros a menos que os atletas terão para se movimentar dentro do palco montado no UFC Apex. Ciente das qualidades de Sanchez no wrestling – modalidade onde teve uma carreira laureada durante os anos de universidade -, Turman, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, prometeu não fugir da luta agarrada contra o americano, e aproveitou para provocar o oponente.

“Eu acho que a galera que luta com ele sente muito medo de ir para o jogo de grappling, por ele ter sido um All-American (no wrestling universitário). Mas eu me sinto muito bem nesse jogo, me sinto em casa, gosto muito de wrestling, treino bastante. Eu acho que ele vai vir me agarrar, e aí vamos ver quem vai colocar para baixo. Tenho certeza que na hora que ele cair, eu vou pegar ele”, projetou Wellington Turman, antes de comentar sobre o octógono menor do UFC Apex.

“É muito bom para o jogo agarrado, eu gosto muito do jogo de grade. Eu gosto de derrubar meus oponentes ali no jogo de grade. Então, eu acho que vai ser bom para mim. É bom porque a luta acaba desenrolando mais também, por ser mais curto, não ter muito para onde correr. Acho que vai ser excelente. Eu sei que o Sanchez corre bastante quando está apanhando, ele gosta de fugir. Eu vou buscar a todo momento a luta, o octógono menor vai ser excelente”, declarou.

A confiança em alta do curitibano pode ser atribuída também ao fato de ter conquistado sua primeira vitória pelo UFC em sua última luta, diante de Markus ‘Maluko’, na edição realizada em São Paulo (SP), em novembro do ano passado. Agora, mais tranquilo, Turman destaca sua completa adaptação ao Ultimate e promete soltar ainda mais o seu jogo, mostrando o potencial que o coloca como uma das promessas brasileiras na entidade.

“Foi muito importante (conseguir a primeira vitória pelo UFC). Eu estava vindo de derrota, querendo ou não, é um peso nas costas. A gente já entra um pouco mais cabreiro, por conta da derrota anterior. Mas agora, graças a Deus, eu estou vindo de vitória, uma grande apresentação. Foi uma luta mais estratégica, joguei um pouco mais cadenciado, pelo ‘Maluko’ ser um cara complicado de lutar. Mas agora eu quero soltar todo o meu jogo, mostrar todo o meu potencial e o que eu posso fazer dentro daquele octógono”, projetou Turman, antes de completar.

“Eu já me sinto em casa (no UFC). Eu sempre soube que aqui era o meu lugar e que um dia eu ia chegar aqui. Na estreia, eu me abalei um pouco, fiquei um pouco impressionado com tudo, mas isso não vai acontecer mais, já estou me sentindo em casa, adaptado. Quero soltar todo o meu jogo lá dentro, mostrar o que eu posso fazer. Estou me sentindo muito bem, muito preparado. Eu sei que ele é um cara amarrão, que gosta de levar a luta para os três rounds, mas eu quero um nocaute ou uma finalização nessa luta. Eu vou buscar a todo momento acabar com a luta o mais rápido possível”, finalizou o atleta da ‘Gile Ribeiro Team’.

Aos 24 anos recém-completados, Wellington Turman soma 16 vitórias, sendo quatro por nocaute e sete por finalização, e três derrotas em sua carreira no MMA profissional, iniciada em agosto de 2014, poucos dias após completar 18 anos. Vencedor da edição 23 do reality show ‘The Ultimate Fighter’, Andrew Sanchez acumula 11 triunfos e cinco reveses em seu cartel.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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