Durante anos, Vitor Belfort e Anderson Silva foram grandes estrelas do MMA e elevaram o nome do Brasil no esporte. Os dois, inclusive, se enfrentaram em um combate que foi denominado ‘A Luta do Século’ e válido pelo cinturão do peso-médio (84 kg) do UFC, em 2011. Mais de dez anos após a luta, coube ao destino fazer com que ambos voltassem a formar nova ‘parceria’ mesmo depois de deixarem as artes marciais mistas no passado, .
Em 2021, Belfort e Anderson ingressaram no mundo do boxe e, logo em suas primeiras atuações, ganharam destaque mundial. Enquanto o ‘Fenômeno’ nocauteou Evander Holyfield, ‘Spider’ já venceu Julio Cezar Chavez Jr. e Tito Ortiz. Por isso, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o carioca deixou a rivalidade no passado e valorizou poder estar junto com o seu compatriota nesta nova etapa de carreira.
“Acho bacana demais a gente juntos poder se reinventar na nossa idade mais avançada e obter sucesso. Isso é o mais bacana. Fico feliz de ter um compatriota, um cara que a gente dividiu o mesmo trabalho no octógono, nos enfrentamos uma vez e termos sucesso. Fico muito feliz de ver. Isso mostra que nada é impossível”, disse Belfort.
Com 44 anos, Belfort destacou os benefícios que essa mudança para o boxe pode lhe ajudar a estender sua carreira nos esportes de combate. Além frisar o amor pela modalidade, o atleta revelou que os treinamentos para a nobre arte são menos desgastantes para o corpo do que para uma apresentação para um duelo de MMA.
“O boxe sempre fez parte da minha vida, me ajudou bastante no octógono. É mais fácil para mim porque o treino de MMA é muito sacrificante, o corpo sacrifica muito e com a idade mais avançada, as regras não te permitem suas juntas começam a sentir muita dor. No boxe não, trabalho a minha força de rotação e tudo mais. Não tem negócio de dar chave, wrestling, joelho no chão, cotovelada. E mais dinâmico e é mais arte”, completou.
Se depender de Vitor Belfort sua permanência no boxe vai durar por muito tempo, já que possui alvos relevantes. O principal deles é Oscar De La Hoya. O brasileiro expressou o desejo em remarcar a luta com o rival, com quem era para ter lutado neste ano, mas pelo americano ter contraído COVID-19, ele foi substituído por Evander Holyfield.