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Virna Jandiroba passa pela balança do UFC
Aos 37 anos e no ápice da carreira, 'Carcará' abriu o jogo sobre autossabotagem e muito mais - Matt Davies/PxImages

Entrevistas

Virna Jandiroba revela mantra para se tornar campeã do UFC: “Acredite em você mesma”

Neste sábado (25), em Abu Dhabi (EAU), no ‘co-main event’ do UFC 321, Virna Jandiroba disputa a que pode ser considerada a luta mais importante de sua extensa carreira. E não é para menos. Afinal de contas, na ocasião, diante de Mackenzie Dern, a brasileira competirá pelo posto vago de campeã peso-palha (52 kg) da principal liga de MMA do mundo. Ciente da magnitude do cenário, ‘Carcará’ faz questão de carregar consigo uma mantra que, por mais que pareça simples, também é extremamente simbólico para o combate: “Acredite em você mesma”.

Com uma trajetória vitoriosa e de mais de uma década no MMA profissional, Virna admite que, em determinados momentos da carreira, chegou a desacreditar de si mesma. Batalhando contra aspectos mentais como a autossabotagem, a brasileira conseguiu dar a volta por cima e construir uma história sólida na modalidade. Campeã nos tempos de Invicta FC, Jandiroba agora busca repetir a façanha com um novo título mundial – desta vez dentro do Ultimate.

O (mantra) que tem vindo na minha cabeça (para essa luta) é o: ‘Acredite em você mesma’. Acho que é isso. Esse camp e essa luta trazem muito isso para mim. Esse teste. De acreditar em mim mesma. Essa é a síntese. Sim (já desacreditei de mim mesma). Nossos sentimentos e emoções não são lineares. Volta e meia as dúvidas e as autossabotagens nos pegam. Às vezes tão inconscientemente que a gente nem sabe. Então, sim. Em alguns momentos já desacreditei de mim”, revelou Virna, em entrevista exclusiva à Ag Fight.

Campeã acessível

Dentro do octógono, Jandiroba – embalada por cinco triunfos consecutivos – se mostra uma das atletas mais competentes da categoria. Fora dele, a atleta de Serrinha (BA) não esconde sua personalidade pacata e modesta. Sem extravagâncias, a peso-palha garante que seu trunfo é justamente ser, em seu entendimento, uma pessoa comum. E, caso tenha o braço erguido no UFC 321 e fique em posse do cinturão da entidade, Virna busca se tornar uma “campeã acessível” ao público e fãs.

Eu quero ser uma campeã acessível. Eu sou uma pessoa extremamente comum. Espero que, de alguma forma, as pessoas percebam o quão longe alguém comum pode chegar e o quão extraordinária uma pessoa comum pode ser. O que eu diria (como campeã) é: ‘Faça do seu jeito, seja você, seja autêntico’. Porque essa é a minha história. Fiz do meu jeito, com erros e acertos, eu acreditei e fui fiel ao que acredito. Essa é a mensagem que eu deixaria”

Revanche aguardada

Com 25 lutas em seu cartel, Virna soma apenas três derrotas em sua trajetória. Uma delas, inclusive, foi sofrida justamente para Mackenzie. Em 2020, quando as duas se enfrentaram pela primeira vez, Dern levou a melhor na decisão unânime dos juízes. Sendo assim, para dar o troco na compatriota e alcançar seu maior objetivo, ‘Carcará’ terá que superar o aspecto mental de medir forças contra uma oponente que já a derrotou. Com a mente blindada, porém, isso não parece ser problema para a atleta da Bahia. Afinal de contas, como seu mais novo mantra reforça, Jandiroba, mais do ninguém, acredita nela mesma para chegar ao topo do mundo.

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Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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