Com nove vitórias em suas últimas dez apresentações no Ultimate e na sexta colocação do ranking dos meio-médios (77 kg) da organização, Vicente Luque tem mais um teste de fogo para se aproximar ainda mais de uma chance de disputar o cinturão da categoria. Neste sábado (7), o lutador enfrenta Michael Chiesa, que ocupa uma posição a frente brasileiro na classificação, no UFC 265, que acontece em Houston (EUA).
Atento aos números que reforçam a importância do confronto, Luque também tem consciência de onde pode chegar com mais um triunfo dentro do octógono mais famoso do mundo. Portanto, para não perder essa grande chance, Vicente, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (clique aqui), destacou seu crescimento como profissional e prometeu sua melhor apresentação até o momento na franquia.
“Ainda tenho muita evolução. A cada luta, ganhando ou perdendo vejo várias coisas que preciso melhorar. Nessa camp eu senti uma evolução e nessa luta vou mostrar isso. Vou fazer 30 anos, sou novo e já consigo lutar em um alto nível. Mas ainda vejo evolução na parte técnica e física. Hoje tenho mais força e gás do que tinha no passado. Agora estou no meu auge, sei que posso estar melhor, mas hoje é o melhor que já estiver e sábado a noite vai ser o melhor momento que senti em qualquer luta”, afirmou o atleta.
Para para cumprir seu objetivo, Vicente vai ser obrigado a passar por um rival que tem como especialidade o jogo oposto ao seu, que é de buscar a trocação. Michael Chiesa é conhecido por ser um grappler e explorar a luta agarrada nas suas lutas. No entanto, na sua mais recente aparição no UFC, o brasileiro finalizou Tyron Woodley, também exímio lutador na parte agarrada e esse resultado te deu ainda mais confiante nesta área.
“(O chão) É um lugar que eu posso também complicar o Chiesa dependendo de como ele cair, se ele me subestimar eu posso acabar surpreendendo. Mas acho que ele não vai fazer isso, ele viu a luta com o Woodley e sabe que tenho ferramentas. Então vai ser um confronto de estilos, eu vou buscar a trocação o tempo inteiro, área onde tenho mais vantagem sobre o Chiesa e ele vai buscar o chão e pegar minhas costas. (…) Vou colocar meu ritmo forte. Seja nocaute ou finalização, vou acabar a luta entre os três (rounds). (…) Eu me preparei para o melhor Chiesa, acho que ele vem muito bem preparado e ele me respeitar, só faz a luta ficar mais dura”, explicou o atleta da equipe ‘Cerrado MMA’.
Caso Vicente mostre essa evolução e saia com mais um triunfo no Ultimate, o brasileiro pode ser apontado como o próximo desafiante a disputa de cinturão da categoria dos meio-médios. Embora tenha essa chance, Luque mantém os pés no chão sobre este cenário, mas sabe o que precisa fazer para se colocar bem na corrida pelo topo.
“Não diria que é certeza essa luta pelo cinturão. Acho que se for uma vitória significante. Não adianta eu fazer uma luta morna, eu quero conseguir uma grande vitória. Se a vitória vier do jeito que eu quero que aconteça, aí eu tenho chances de lutar pelo título. Kamaru (Usman) está com luta marcado com o Colby (Covington), acredito que ele vai vencer e se vencer, vai ter ganhado de todo mundo do top 5 menos eu. Faria sentido”, explicou.
No UFC desde 2015, Vicente Luque já ocupa a segunda posição na lista de maior número de vitórias pela via rápida, seja por nocaute ou finalização, na categoria dos meio-médios na história da organização. Atualmente com 12 triunfos do tipo, o ‘Silent Assassin’ está atrás apenas do americano Matt Brown, que possui um a mais. Na carreira na modalidade, o lutador possui 20 resultados positivos, sete reveses e um empate.