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David Shaw nos bastidores do UFC São Paulo.
David Shaw nos bastidores do UFC São Paulo - Neri Fung/Ag Fight

Entrevistas

Vice-presidente do UFC abre o jogo sobre card numerado em São Paulo: “Está na nossa lista”

Depois de um hiato de quase quatro anos, o UFC voltou a promover um evento em São Paulo (SP) no último sábado (4). A edição, que contou com a vitória de Jailton Malhadinho sobre Derrick Lewis na luta principal, foi a 9ª realizada na capital paulista na história da organização – nenhuma, até o momento, com a importância de um card numerado (pay-per-view), como são conhecidos os principais show do Ultimate. Porém, esse cenário pode mudar no futuro próximo.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, David Shaw, vice-presidente do UFC, abriu o jogo sobre a possibilidade de São Paulo receber um evento numerado nos próximos anos – um sonho antigo dos fãs de MMA. Entusiasmado com o acolhimento do público paulista, no show em si no sábado e durante a semana que o antecedeu, o executivo deixou claro que trazer um card de maior importância para a cidade faz parte dos planos do Ultimate.

“Nada que eu possa confirmar neste momento, mas sempre está na nossa lista (um card numerado em São Paulo). Quer dizer, veja o sucesso de São Paulo nessa semana. Isso prova que aqui é digno de um card de pay-per-view. Você olha para os atletas que vêm de São Paulo, a base de fãs aqui. É a nossa sede corporativa. Nós temos um time de mais de 30 pessoas no time do UFC Brasil que estão situadas aqui. Não há dúvida que seria um enorme sucesso promover um (evento de) pay-per-view em São Paulo”, declarou David Shaw.

Evento em estádio praticamente descartado

Se a realização de um card numerado em São Paulo parece ser questão de tempo, o mesmo não pode ser dito sobre as chances do UFC promover novamente um evento em um estádio de futebol, especialmente no Brasil. Apesar de já ter sido feito, em 2016, na Arena da Baixada, em Curitiba, David Shaw destaca que o Ultimate não trata o tema como uma de suas prioridades para o futuro.

“Nós tivemos precedentes. Fizemos (shows em estádios) em Melbourne, em Estocolmo, em Moscou, em Toronto, em Curitiba. Então, nós podemos (fazer) em algum momento. Alguns estádios de futebol são a céu aberto. O céu aberto torna difícil para nós. Se for um estádio com teto, isso talvez faça sentido. Mas nós realmente sentimos que nosso esporte é voltado para uma arena como essa (Ibirapuera), onde você tem laterais estreitas, você tem todos sentindo como se fosse um ambiente intimista. É perfeito para o octógono, é perfeito para os atletas. Neste momento, nós estamos procurando arenas, mas talvez outra circunstância aparece como já aconteceu no passado”, afirmou o dirigente.

Neste ano, o UFC promoveu dois eventos em solo brasileiro. Em janeiro, a organização desembarcou na ‘Cidade Maravilhosa’, onde realizou a edição de número 283, na Jeunesse Arena, na Barra da Tijuca (RJ). E no último sábado foi a vez de São Paulo receber um show com a chancela da liga – o primeiro desde 2019, antes da pandemia diminuir a frequência com que o Ultimate levava seus espetáculos para outros lugares do mundo fora dos Estados Unidos.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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