Escalado para o card do UFC 321 neste sábado (25), Valter Walker não esconde o nível de entrega com que encara sua missão no MMA. Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, o peso-pesado revelou estar disposto a sacrificar tudo — inclusive a própria longevidade — para alcançar o topo da divisão.
Inicialmente agendado para atuar no UFC Rio, no último dia 11, o carioca teve seu retorno adiado após a retirada de Mohammed Usman, que foi flagrado em exame antidoping às vésperas do evento. Agora, ele enfrenta o estreante Louie Sutherland, representante da Escócia, buscando manter o foco e a motivação intactos. Segundo o lutador, sua jornada no esporte é um compromisso absoluto, sem espaço para atalhos.
“Se alguém chegar pra mim agora e falar: ‘Para você ser campeão, você vai morrer daqui a 10 anos’. Eu falo: ‘100% de certeza que eu vou ser campeão? Então, marcha. Eu faço esse acordo’. Mas a grana manda para minha mulher, minha filha, meu pai. Divide e manda para a minha família. Você quer ou não? Eu estou disposto a pagar o preço”, declarou.
Disciplinado
Sem se considerar um atleta naturalmente dotado, Walker credita sua evolução à constância nos treinos e à mentalidade resiliente. A postura incansável nos bastidores já lhe rendeu até um apelido entre os companheiros de equipe, que enxergam na dedicação diária sua principal virtude.
“Meus amigos de treino falam isso, que eu sou um cara sem talento pra luta. Eu sou um cara que não tem nada, só tenho a disciplina de chegar lá todos os dias, apanhar e continuar vindo. Os caras na academia me chamam de ‘o rei da disciplina’”, completou.
Aos 27 anos, o irmão mais novo do meio-pesado Johnny Walker busca construir sua própria trajetória dentro da principal organização de MMA do mundo. E neste sábado, com foco e disposição inquestionáveis, dá o primeiro passo rumo a um sonho que, para ele, vale qualquer preço.
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