A luta principal do UFC Nashville, realizada no último sábado (12), deu o que falar. A interrupção do combate entre Tallison Teixeira e Derrick Lewis dividiu a opinião dos fãs e fez até mesmo Dana White questionar se a paralisação do árbitro não havia sido, de fato, precoce. Principal afetado pela situação, ‘Xicão’, entretanto, evitou criar uma polêmica. Apesar de discordar da decisão de Jason Herzog no episódio, o gigante brasileiro eximiu o profissional de qualquer tipo de culpa pelo resultado adverso.
Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, o peso-pesado baiano ressaltou que estava consciente e, em seu entendimento, em condições de competir, quando o árbitro interrompeu a disputa, com 35 segundos do primeiro assalto. Apesar da percepção diferente da do árbitro, Xicão explica que poderia ter evitado a situação caso não fosse atingido com o cruzado de esquerda, que o levou ao solo e iniciou a sequência de golpes desferidos por Lewis que fizeram Herzog paralisar o confronto.
“Não vou botar a culpa no árbitro. Pensando friamente. Se fosse para parar, devia parar quando eu estava no chão. Depois de já ter ficado de pé, não acho que deveria ter parado. Mas entendo a posição dele (árbitro), que estava vendo tudo de uma forma e ângulo diferente. Eu, como atleta, me via em condições de continuar na luta. Foi um knockdown, não foi um nocaute. Um ‘flashdown’, bati (no chão) e levantei, fiquei de pé, estava consciente. Mas o juíz para a luta e eu acabo reclamando um pouco (…) Mas prefiro não culpar o árbitro. Prefiro pensar que se eu não tivesse tomado aquela mão, não teria chegado nesta situação. Então penso como um erro meu e mérito do adversário”, opinou Tallison.
Fim da invencibilidade
Para além da polêmica em torno da interrupção, o UFC Nashville representou a primeira derrota de Xicão no MMA profissional. O fim da invencibilidade, apesar do valor simbólico, não parece tirar o sono do gigante brasileiro. Aparentemente digerindo bem o tropeço, Tallison, de apenas 25 anos, citou reveses passados sofridos em outras modalidades para destacar que a experiência de ser superado não é completamente inédita para ele.
“Vou ser muito sincero. Óbvio que não queria perder, ninguém gosta de perder. Mas eu não tinha esse peso de ser ‘invencível’, de ser invicto. Eu não carregava esse peso para mim. Quando entramos para lutar, já tem muito peso. E se você ficar: ‘Não posso perder, não posso perder’, acaba sendo pior ainda. Já tinha perdido antes na vida, seja no boxe, jiu-jitsu, outras modalidades. Então já sabia o que iria acontecer depois da derrota. Óbvio que agora com mais pessoas me acompanhando. A derrota é sempre ruim, mas quando você aprende com ela, ela te ensina muita coisa”, destacou o peso-pesado baiano.
Agora com um cartel de 8-1 no MMA, Xicão segue no ranking dos pesos-pesados, agora na 14ª colocação. Disposto a voltar à coluna das vitórias, o brasileiro já mira um eventual retorno aos octógonos ainda nesta temporada, citando os meses de novembro ou dezembro como mais prováveis para seu retorno à ativa.
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