Charles Oliveira vai encarar Justin Gaethje no ‘main event’ do UFC 274, show que acontece neste sábado (7), no Arizona (EUA), e informa que sua estratégia para o embate é um tanto quanto diferente. Faixa-preta de jiu-jitsu, ‘Do Bronx’ tem a arte suave como principal arma no MMA, porém, ao evoluir na trocação, confia em seu desenvolvimento na luta em pé. E o treinador Diego Lima atesta a qualidade de seu atleta.
‘Do Bronx’ é o lutador com mais finalizações na história do UFC, porém, confiante por vencer dez duelos no octógono, avisa que sua intenção neste sábado é nocautear Gaethje. Dessa forma, parte dos fãs do brasileiro mostra preocupação com tal desejo do atleta, já que ‘The Highlight’ ficou conhecido no MMA por ser um profissional poderoso, resistente e violento. Vale pontuar que o americano venceu seis combates na companhia e cinco foram por nocaute. Mas, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, Diego Lima, apesar de reconhecer a qualidade de Justin na trocação, ressalta que Charles está cada vez melhor no setor.
“Charles é um lutador de MMA e a luta começa em pé. Se a luta começasse no chão, a gente falaria que ele ia finalizar o Gaethje. Só que começa em pé e o Charles não vai sair igual a um desesperado pular nas pernas do Gaethje. A gente estudou a parte em pé do Gaethje, a gente acredita que ele vai tentar surpreender com bons chutes na panturrilha, na minha opinião, ele vai tentar botar a mão em cima da mão esquerda do Charles. Mas acredito que não tem como essa luta ir para o chão sem eles trocarem socos primeiro. A mão do Charles está muito pesada e precisa. Tenho certeza que quando ela entrar, o Gaethje vai deitar”, declarou o profissional.
Como Charles está embalado por dez vitórias seguidas e com triunfos diante de grandes nomes do esporte, como Dustin Poirier, Michael Chandler e Tony Ferguson, parte da comunidade do MMA pode pensar que o lutador se considera superior aos demais competidores e leve a concorrência menos a sério. No entanto, Diego Lima desfaz tal teoria. O treinador frisou que como o atleta teve origem humilde e sofreu para se destacar no UFC, se considerar intocável não combina com sua natureza e nem com a mentalidade da equipe ‘Chute Boxe’. Ciente do que ‘Do Bronx’ representa para o Brasil, o profissional assegura que segue exigindo o máximo do paulista, pois a dedicação ao trabalho é a chave para se ter sucesso, ainda mais na modalidade.
“Muita gente fala que o Charles tem que fazer mais isso, mais aquilo e é logico que o Charles tem que fazer mais coisas. Hoje, ele está em evidência, todos querem a cabeça dele. Então, a gente não pode parar no tempo. Muito pelo contrário. Ele sabe que a responsabilidade dele aumentou muito. que tem muito mais a perder do que tinha antigamente. Ele está pronto para tudo. Falar que ele é perfeito no muay thai, perfeito no chão é mentira. O dia que a gente achar que é perfeito em tudo, a gente vai cair. A gente sabe que precisa sempre treinar, melhorar, se superar. Não só ele como lutador, mas eu também como treinador. Temos que estar em uma evolução constante. Não é porque o Charles está ganhando que não tem erros. Ele tem, assim como os adversários têm também. Estamos tentando buscar o Charles em sua melhor versão”, concluiu.