Treinador destaca chance de ‘Shogun’ deixar nome na história em despedida de ‘Minotouro’
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Carlos Antunes, no Rio de Janeiro (RJ)
Neste sábado (25), Maurício ‘Shogun’ e Rogério ‘Minotouro’ vão se encontrar pela última vez dentro de um cage. Os dois fazem a co-luta principal da noite do quarto evento do UFC na ‘Ilha da Luta’, em Abu Dhabi (EAU) e o confronto vai marcar a despedida do irmão gêmeo de Rodrigo ‘Minotauro’ do MMA. Além disso, também coloca o fim de uma rivalidade que começou há 15 anos. Para Eduardo Alonso, treinador do ex-campeão dos meio-pesados (93 kg) da franquia, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, essa disputa é mais uma chance do seu pupilo escrever mais um capítulo na história da modalidade.
Apesar de ‘Shogun’ correr o risco de perder sua invencibilidade contra o rival no confronto direto, já que lidera por dois a zero, Eduardo Alonso destacou que o ex-campeão do Ultimate não analisa esse confronto de uma maneira negativa. O treinador afirmou que o curitibano está empolgado em ser o último oponente da carreira do compatriota e não carrega uma pressão extra por encerrar a história de ‘Minotouro’ no MMA.
“É uma luta que tem tudo para ser movimentada mais uma vez, uma luta que o Rogério queria muito há muito tempo. Isso acabou nos motivando também já que o UFC deu essa oportunidade que deve ser a última luta dele (Rogério). Não afeta nossa maneira de trabalhar, mas não deixa de ter um respeito e um significado interessante. É deixar um capítulo para a história e os fãs. Muita gente se pergunta porque um cara que tem dois a zero vai se arriscar e fazer uma terceira. Isso está trabalhado na cabeça do Maurício e tira a pressão dele. Independente de qualquer coisa ele venceu duas vezes, então o placar não vai mudar. O que importa é vencer e deixar mais uma marca importante na carreira”, explicou o treinador.
Além dos dois lutadores já terem se enfrentado duas vezes, ambos já fizeram um outro camp específico para se enfrentarem em mais uma ocasião. Em 2013, eles estavam programados para um duelo, mas uma lesão de ‘Minotouro’ adiou o embate que acabou acontecendo dois anos depois. Por isso, Alonso frisou que os dois se conhecem muito bem e não aposta em alguma surpresa no capítulo final dessa rivalidade.
“Todas equipes buscam uma espécie de adaptação ao adversário e eventualmente alguma surpresa. Mas quando se trata de dois veteranos, com carreira longa e já tendo se enfrentado e se preparado um para o outro várias vezes, acho que não tem muitas surpresas. Acho que quem executar seu jogo de melhor forma vai se sobressair. Assim como eles se preparam e acham que vão ter situações que podem levar vantagem, a gente também, confia que tem algumas situações que vão funcionar. Mas tudo é muito relativo. Não existe receita de bolo perfeita, ou qualquer receita pode mudar, bastante entrar uma mão (risos). Não acredito em surpresas radicais, se tratando de ‘Shogun’ e ‘Minotouro'”, analisou Alonso.
Maurício ‘Shogun’ e Rogério ‘Minotouro’ se enfrentaram pela primeira vez em 2005, ainda pelo extinto Pride. Na ocasião, após um duelo equilibrado e que até hoje é apontado por muitos fãs como uma das maiores lutas da história, o curitibano venceu por decisão dos jurados. Dez anos depois, eles se reencontraram pelo UFC, na edição 190, no Rio de Janeiro. O triunfo voltou a ficar com o atleta do Paraná, também por pontos.