O clima entre Charles Oliveira e Justin Gaethje não é amigável e muito se deve ao americano. Os tops do peso-leve (70 kg) se enfrentam no UFC 274, evento que acontece neste sábado (7), no Arizona (EUA), em luta válida pelo título da categoria e ‘The Highlight’ provoca o campeão com tudo que tem direito.
Recentemente, Gaethje foi visto trajado com uma camisa do Flamengo durante seu treinamento, em uma clara alfinetada ao campeão do peso-leve do UFC, que sempre deixou transparente sua ligação com o Corinthians. Como o brasileiro Jorge Santiago, ex-lutador e atual treinador de jiu-jitsu, passou a integrar a equipe de Gaethje, o mesmo foi visto por parte dos fãs como criador de tal polêmica.
Mas, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o profissional negou qualquer participação no ‘trash talk’ feito por seu atleta. Inclusive, Jorge Santiago revelou que também ficou surpreso com a estratégia de ‘The Highlight’, em utilizar o futebol para tentar desestabilizar seu oponente antes do aguardado duelo no UFC 274.
“Não fui eu. Foi um presente que ele ganhou de alguém, também não sei quem foi. Tomei um susto quando vi o vídeo e falei, ‘Gaethje, o que foi isso aqui?’. Quando eu vi pela primeira vez, falei ‘Meu time!’. Não foi nada pessoal, pelo menos da minha parte. Não fui eu quem incentivei, foi a vontade própria dele”, esclareceu o profissional.
Gaethje ficou conhecido no esporte por sua agressividade na trocação, condicionamento físico impecável e também por seu bom nível no wrestling defensivo, já que, dificilmente, é quedado pelos oponentes. Mas, na luta contra Khabib Nurmagomedov, o americano não ofereceu resistência no solo, acabou finalizado de forma rápida e, assim, causou preocupação em seus fãs, já que Charles possui como principal arma o jiu-jitsu.
Contudo, Jorge Santiago garante que seu atleta é melhor no grappling do que parte da comunidade do MMA pode imaginar. Tanto que o profissional assegura que ‘The Highlight’ está preparado para lidar com tudo que o campeão do peso-leve do UFC tem a lhe oferecer e dá a entender que o mesmo vai ser estratégico no octógono.
“Gaethje é um cara extremamente profissional. A minha conexão com ele foi através do (Kamaru) Usman, por ele estar com o Trevor (Wittman), no Colorado. São pessoas excepcionais, profissionais de alto nível e acabei entrando aos poucos, ajudando um pouquinho aqui, um pouquinho ali. Para essa luta, fizemos um trabalho mais específico na parte do jiu-jitsu, que é o que faço com o Usman. O chão do Gaethje é bom. Não é um Charles ‘Do Bronx’, que é do jiu-jitsu. Minha intenção em treinar o Gaethje nunca foi fazer ele ser um lutador de jiu-jitsu, mas saber quais são os objetivos de uma pessoa do jiu-jitsu, quando luta contra strikers e wrestlers”, concluiu.