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Entrevistas

Talita Alencar admite que empate com Rondinha ajudou em sua evolução como atleta

Em setembro de 2023, Talita Alencar e Stephanie Luciano protagonizaram um dos combates mais equilibrados da história do ‘Contender Series’. Não à toa, o duelo terminou empatado e, desde então, as duas conseguiram garantir uma vaga no Ultimate. E quis o destino que os caminhos das atletas brasileiras se cruzassem novamente, desta vez já na principal liga de MMA do mundo. Às vésperas da revanche, programada para este sábado (10), no UFC Vegas 95, ‘The Problem Child’ admitiu, em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, que ‘Rondinha’ a motivou a buscar evolução como atleta.

No primeiro encontro entre as duas, Talita, campeã mundial de jiu-jitsu na faixa-preta, conseguiu impor seu jogo na luta agarrada e ganhar os dois primeiros rounds. A estratégia, porém, não surtiu efeito no terceiro assalto, com Rondinha apertando o ritmo na trocação e vencendo a parcial por 10 a 8, empatando, assim, o combate na decisão dos jurados. Após passar um ‘aperto’ em pé, a especialista da arte suave ressaltou que usou o combate como combustível para evoluir também no departamento do striking.

A Stephanie foi uma das grandes motivações para eu melhorar o meu striking. Até porque não tem como me comparar com ela, é bem mais longa do que eu. Ela fica confortável em uma distância à altura dela. Não me preparei para a Rondinha, e sim para o UFC. A Stephanie é uma pessoa maravilhosa, mas no final das contas, temos que ser egoístas aqui. Ela foi uma das grandes motivações (para eu evoluir). Estou pronta para qualquer luta no UFC, não só para a Stephanie. Foram muitas lições que aprendi naquele terceiro round. Ganhei dois rounds, vamos tentar repetir (risos). Vou focar no que sou melhor, mas nossa estratégia é bem diferente, o foco principal é frustrar a Stephanie. Ela precisa de muita distância para colocar o striking com sucesso, e isso é algo que não vamos dar para ela”, explicou Talita.

Inspiração em Mackenzie e Virna

Integrante da categoria dos pesos-palhas (52 kg), Talita surge em uma divisão recheada de brasileiras no topo do ranking. Duas delas, entretanto, se destacam no olhar de Alencar por possuírem estilos parecidos. Também especialistas em jiu-jitsu, Virna Jandiroba e Mackenzie Dern, números 3 e 8, respectivamente, são grandes inspirações para ‘The Problem Child’ se espelhar na busca de uma vaga no pelotão de elite até 52 kg.

“A Mackenzie sempre foi uma motivação para mim, até porque ela pegou a faixa-preta primeiro, a gente chegou a lutar em alguns campeonatos. A Mackenzie foi sempre uma grande inspiração. A Virna tem uma técnica perfeita, ela se joga no takedown, o jiu-jitsu dela é refinado, ela tem as transições boas. Mesmo sem ter sido campeã mundial (de jiu-jitsu), ela tem jiu-jitsu refinado o suficiente para o UFC. Quem sabe ela vai lutar pelo cinturão, né? Assisti a todas as últimas lutas delas duas”, destacou a maranhense.

A revanche entre Talita e Rondinha abre o card do UFC Vegas 95 deste sábado. Também na porção preliminar do show, outros dois representantes do ‘Esquadrão Brasileiro’ entram em ação: Karol Rosa mede forças com a sueca Pannie Kianzad no peso-galo (61 kg) e, no peso-pesado, Jhonata Diniz enfrenta o americano Karl Williams.

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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