Desde que deixou o UFC e assinou com a PFL, Taila Santos despontava como uma das favoritas para o ‘GP’ peso-mosca (57 kg) feminino da entidade. E as duas vitórias na temporada regular do torneio justificaram tal status. Classificada para o ‘mata-mata’, a brasileira está cada vez mais próxima do cinturão da categoria e do tão almejado prêmio de um milhão de dólares (R$ 5,5 milhões). Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, a atleta abriu o jogo sobre sua preparação para os próximos desafios.
No dia 2 de agosto, em Nashville (EUA), Taila disputa a semifinal do torneio da divisão contra a veterana Liz Carmouche. Ex-desafiante ao cinturão do Ultimate, assim como a brasileira, a wrestler americana chega para o confronto embalada por uma sequência de nove triunfos. Diante de um desafio desta magnitude, Santos admitiu que preparou um camp de treinos focado para neutralizar o estilo de luta de sua oponente.
“Tenho muitos contatos no mundo da luta, então consigo buscar o que estou precisando no momento, de acordo com minhas adversárias. A gente escolhe o material (humano) de acordo com a rival. Ela (Carmouche) é uma veterana bem forte. Pelas lutas que analisei dela, acredito que ela vai querer vir para cima querendo encurtar – que já é o jogo dela. Ela acua as adversárias com socos e trocação e depois tenta agarrar. Acredito que não vai ser diferente comigo. Então trabalhei bastante isso para fazer um ‘contra-jogo’ em cima dela”, destacou Santos.
Treino com homens
Recentemente, Taila mudou os rumos da carreira e inaugurou a própria equipe em Florianópolis (SC), a ‘Team Taila Santos’. Na nova casa, a brasileira garante que possui sparrings femininos e masculinos de alta qualidade. Porém, a ex-desafiante ao cinturão peso-mosca do UFC indicou que seus treinos são realizados majoritariamente contra companheiros homens, a fim de, inclusive, aumentar o ritmo e intensidade da atividade.
“É bem dividido, mas treino mais com homens. Tem muitos meninos que são fortes, mas são leves. Os meninos de 57, 59, 60 kg. Eles conseguem dar uma pressão maior em cima de mim, porque são homens, né? São leves, mas são homens. Eles já impõem o jogo, eu tenho que fazer mais força. Mas também consigo colocar meu jogo por eles serem leves. Mas (tenho treinado) mais assim com os meninos”, ponderou Taila.
Caso consiga superar Carmouche, Taila se classifica para a grande final do torneio até 57 kg da PFL. Na decisão, a brasileira enfrentaria a vencedora do duelo do outro lado da chave, entre Dakota Ditcheva e Jena Bishop. A primeira delas, inclusive, possui um grande ‘hype’, já que segue invicta no MMA, com um cartel de 12-0.