No próximo sábado (11), a Farmasi Arena se transformará em um verdadeiro caldeirão para apoiar Charles Oliveira na luta principal do UFC Rio. Com ingressos esgotados para o evento, ‘Do Bronx’ já adiantou que o clima para o confronto será similar ao encontrado na ‘La Bombonera’, mítico estádio do Boca Juniors, na Argentina. E dado o contexto, o principal alvo das vaias e insultos será Mateusz Gamrot, adversário do brasileiro no show. Mas a atmosfera hostil parece não incomodar o grappler polonês. Muito pelo contrário.
Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, Gamrot minimizou a situação ao classificar o clima hostil como algo natural em um combate diante de Charles, um ídolo local, em solo nacional. Sem problemas em abraçar a alcunha de ‘vilão’ para o UFC Rio e disposto a enxergar o lado positivo do cenário, ‘Gamer’, como o polonês é conhecido, admitiu que os insultos e vaias se transformam, no seu caso, em combustível extra para competir no mais alto nível.
“Sim, eu entendo (que o clima será hostil). É uma situação normal, já que o Charles é uma lenda por aqui. Um dos melhores do mundo nos pesos-leves, eu entendo. Mas eu gosto de estar em território inimigo, me sinto mais energizado com as vaias e com a multidão. Eu compreendo e dou valor à torcida apoiar o seu herói. Mas eu sei que chegou a hora de tomar o lugar dele e mudar isso. Eu sei o que significa (o canto ‘Uh, vai morrer’). Significa que eu vou morrer (risos). Mas sem problemas, eu vou aproveitar”, explicou Mateusz.
Público pode influenciar?
Na última quarta, durante a sessão de treino aberto, Gamrot já sentiu um pouco de como será o clima para o duelo no UFC Rio. Com muitas vaias e xingamentos (clique aqui), o polonês sentiu o ‘carinho da torcida’. Para o dia do evento, entretanto, o receio de Mateusz está em uma possível influência do público na análise e julgamento dos juízes da luta. Para evitar qualquer tipo de situação nesse sentido, a ideia do grappler é derrotar Charles Do Bronx pela via rápida, sem margem para contestação.
“Lembro que quando ouvi isso (Uh, vai morrer) pela primeira vez eu estava no mundial do ADCC. E eu gostei bastante da música. As coisas são como são. Quando o octógono fechar, apenas será um contra um, eu e meu oponente. Então não importa. Sei que em cinco rounds a torcida pode influenciar os juízes com a pontuação. Mas não acho que essa luta dura cinco rounds, quero acabar com ela antes disso”, destacou o peso-leve.
Desde que emplacou sua melhor sequência no UFC, que culminou no título dos pesos-leves, Charles nunca mais competiu no Brasil. Isso vai mudar neste sábado, quando o recordista de finalizações da empresa liderar o card no Rio de Janeiro. Já com status de ídolo nacional, Do Bronx quer voltar à coluna das vitórias contra Mateusz Gamrot. Para isso, o ex-campeão contará com o apoio massivo da sua legião de fãs.
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