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Bruno Bulldog conversa com a imprensa antes do UFC Vegas 94
Bruno Bulldog é o atual 12º colocado no ranking peso-mosca do UFC - Diego Ribas/PxImages

Entrevistas

Rei dos bônus, Bulldog mira vitória no UFC Tampa para desafiar parceiro Pantoja pelo título

‘Rei dos bônus’, Bruno Silva volta à ação neste sábado (14), pelo card do UFC Tampa, em busca da sua quinta vitória consecutiva e, de preferência, também com a quinta premiação seguida de 50 mil dólares extras por sua performance. E, esperançoso, ‘Bulldog’ torce para que um novo triunfo, desta vez sobre Manel Kape, seja o suficiente para alçá-lo ao posto de próximo desafiante ao título peso-mosca (57 kg), ‘furando a fila’ e passando a frente de nomes mais bem ranqueados na divisão – mesmo que para isso tenha que medir forças com um parceiro de time.

Isso porque, caso seu plano dê certo, o paulista teria pela frente em uma possível disputa de cinturão o também brasileiro Alexandre Pantoja, seu companheiro de equipe na ‘American Top Team’, academia baseada na Flórida (EUA). Dominante na divisão mesmo antes de conquistar o título, o campeão peso-mosca do UFC sofre com a falta de adversários, uma vez que já coleciona vitórias contra os principais nomes da categoria em seu currículo. Sendo assim, Bruno Bulldog confia que pode pleitear o ‘title shot’ por ser um dos poucos do top 15, em boa fase, a nunca ter duelado com o carioca.

Acho que dá sim (para furar a fila por um ‘title shot’). Porque na categoria ‘flyweight’ ninguém tem quatro bônus em seguida e no top 10, o Pantoja já ganhou de quase todo mundo, acho que só falta o Asu (Almabayev) e o japonês que perdeu (Tatsuro Taira). Ganhando essa luta, eu vou estar no top 9 e com cinco vitórias seguidas, vou ser, com certeza, um dos grandes nomes para disputar o cinturão na próxima”, afirmou Bruno.

Aval do campeão

E ao contrário do que muitos poderiam imaginar, o interesse de Bruno em uma disputa de título contra o parceiro de treinos não parece incomodar o atual campeão. Pelo menos é o que garante Bulldog. De acordo com o paulista, a possibilidade de um futuro confronto já foi conversada com Pantoja, que deu seu aval para o companheiro de time desafiá-lo em caso de vitória no sábado.

“A gente já conversou semana retrasada. Nós estávamos todos na roda, conversando, e o Adriano Moraes chegou e falou: ‘O Bulldog falou que se ele ganhar, vai desafiar o Pantoja’. Aí o Pantoja falou: ‘Graças a Deus. Se você tiver a chance de lutar pelo cinturão, que Deus abençoe você, que a gente lute’. A gente nunca quer lutar com um amigo, já conheço o Pantoja há muito tempo, ajudei ele na primeira luta do UFC, ele me ajudou, já moramos um tempo juntos no Arizona também. Mas a gente sabe que é o sonho da gente. Ele sabe disso, sabe que é o nosso trabalho, ele é bem ciente disso, não tem ego nenhum ali, em saber que eu posso lutar pelo cinturão, pelo contrário. É o profissionalismo”, concluiu.

Antes de pensar em ‘furar a fila’ na corrida por uma disputa de título no peso-mosca do Ultimate, Bruno Bulldog terá que, primeiro, superar seu rival deste sábado, o angolano Manel Kape, 9º colocado no ranking e ex-campeão do Rizin. O africano vem de derrota para Muhammad Mokaev, já dispensado pela organização, mas antes disso havia vencido quatro lutas em sequência.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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