Chegar até o UFC é o sonho de todos os atletas que ingressam no MMA profissional. E neste sábado (13), Alice Pereira não somente fará sua estreia na principal organização do mundo, como também já chegará ao octógono quebrando um recorde significativo. Aos 19 anos, a brasileira se tornará a mulher mais jovem da história a competir pela liga presidida por Dana White. Ciente de que já estará sob os holofotes dadas as circunstâncias de seu combate, ‘Golden Girl’, como a peso-galo (61 kg) é conhecida, mostra maturidade e trata de conter as expectativas do grande público sobre ela, seja a curto ou longo prazo.
Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, Alice pregou cautela quanto ao seu processo de desenvolvimento dentro do Ultimate. Com uma longa estrada nos esportes de combate pela frente, a atleta da Bahia admite que não quer acelerar sua chegada ao pelotão de elite da categoria. De olho em um desafio de cada vez, a prodígio do MMA feminino terá pela frente no card do Noche UFC a adversária Montserrat Rendon, de 36 anos.
“Já paramos para pensar nisso (expectativa e exposição). A maioria das pessoas, até mesmo a organização possa estar querendo imaginar que eu queira fazer uma carreira bem acelerada, querer chegar logo no top 15. Mas o plano que tenho em mente, e acredito que até meus treinadores tenham em mente, é ir com calma. Não tem necessidade de se jogar aos leões à toa. Primeira luta, primeiro contrato, não tem porquê ter essa pressa de chegar ao top 15. Preciso me adaptar ao evento com calma, é uma escadinha. Quero, de fato, ir com calma”, frisou a jovem de Feira de Santana.
Novata também nas artes marciais
A cautela com que Alice conduz sua carreira é justificável. Afinal de contas, além de recém-chegada ao UFC, a brasileira é também uma novata no universo das artes marciais. Seu primeiro contato com o meio foi em 2022, quando começou a treinar kickboxing. Na temporada seguinte veio a transição para o MMA, modalidade em que a jovem de 19 anos já defende um cartel invicto de 6-0.
“Há três anos eu comecei a treinar artes marciais (risos). Foi em 2022. E em 2023 eu migrei para o MMA e fiz minha primeira luta, três meses depois que comecei a treinar MMA. Aí depois veio essa constância de uma luta atrás da outra. Eu comecei fazendo kickboxing e sandá, foram as duas artes que me iniciaram. Depois me interessei pelo jiu-jitsu e comecei a fazer. Aí nessa de fazer várias artes na mesma academia, começou o assunto sobre MMA”, relembrou Pereira.
O evento Noche UFC conta com uma verdadeira invasão brasileira em San Antonio (EUA). Além de Alice, o show conta com mais sete representantes do país em ação. O destaque fica no confronto 100% verde-amarelo entre Jean Silva e Diego Lopes, que lidera o card e pode definir o próximo desafiante ao título na categoria dos pesos-penas (66 kg).
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