Na última terça-feira (6), o plantel brasileiro dentro do Ultimate ganhou mais três reforços. Em ação no sétimo episódio da sexta temporada do Contender Series, Vitor Petrino e os irmãos Gabriel e Ismael Bonfim venceram e convenceram em suas respectivas lutas, garantindo, cada, um contrato com a maior organização de MMA do mundo. Após o evento, os atletas analisaram suas performances em entrevista exclusiva à Ag Fight.
O mais velho dos irmãos Bonfim, Ismael, derrotou Nariman Abbasov por decisão unânime dos jurados. Apesar de não ter conseguido o nocaute ou a finalização, o peso-leve (70 kg) afirmou que ficou satisfeito com sua atuação, uma vez que despontou como azarão para o confronto. De contrato garantido, ‘Marreta’, como é conhecido, aproveitou para desafiar um velho conhecido do público para uma revanche: Renato ‘Moicano’.
“Na verdade, não (não tinha certeza do contrato). Estava bem feliz no final da luta porque enfrentei um adversário muito duro. Era azarão em tudo que é lugar, nas casas de apostas todo mundo achou que ia perder. Não sabia do contrato, mas já estava satisfeito com o que tinha acontecido”, admitiu, antes de definir seu próximo alvo.
“Se o Renato ‘Moicano’ quiser a nossa revanche, estou pronto. É só ele dizer sim. E aí, Renato? Vamos fazer nossa revanche. Quando lutei com o Moicano eu tinha apenas 17 anos, ali eu já sabia que ele iria vencer. Mas agora, em uma nova oportunidade, a história vai ser totalmente diferente”, completou.
O caçula, Gabriel Bonfim, precisou de menos tempo que seu irmão para garantir seu espaço no Ultimate. O brasileiro finalizou Trey Waters no primeiro round e admitiu que, mesmo com a atuação, não tinha certeza se teria o contrato assinado ao fim da luta. Invicto no MMA profissional, com 13 vitórias – todas por nocaute ou finalização -, o meio-médio (77 kg) promete manter o estilo agressivo dentro do UFC.
“Ele estava muito bem em pé, e eu também estava me sentindo bem na trocação. Mas ouvi meus técnicos, que pediram para eu colocar (a luta) para o chão faltando um minuto, para ganhar o round. Eu fiz e deu certo. Ombro amigo, a finalização se chama ombro amigo (risos). Eu venho da trocação, as finalizações vêm em decorrência da luta, quando tentam me colocar para baixo ou eu mesmo tomo a iniciativa. Vou continuar do mesmo jeito, agressivo, veloz, sempre tentando acabar com a luta o mais rápido possível” destacou.
O último brasileiro a obter uma vaga no Ultimate foi Vitor Petrino. Diferentemente dos irmãos Bonfim, o atleta da ‘CM System’ estava confiante de que seu nocaute sobre o compatriota Rodolfo Bellato havia sido o suficiente para impressionar Dana White. Empolgado, o meio-pesado (93 kg) já definiu uma janela em que deseja voltar a competir.
“Claro. Pela proporção que a luta teve, pelo espetáculo que foi, pela beleza do nocaute, eu tinha certeza que o Dana ia ficar surpreso e mandar esse contrato para a gente”, frisou, antes de falar sobre seus planos para o futuro.
“Apesar de ter sido curta, a luta teve altos e baixos. Sofri (knockdown), o cara me deu uma pedrada que eu sentei, mas logo me recuperei e fui para cima dele. Estou zero bala, sem um arranhão no rosto. Já dá para lutar em dezembro, já fiz a proposta para o UFC, vamos aguardar a resposta deles. Com certeza, seria um sonho lutar no Brasil (no card do Rio)”, completou Vitor.
A brasileira Nayara Maia também competiu nesta edição do Contender Series, mas foi superada por Tereza Bleda e não conseguiu pavimentar seu caminho para o UFC.