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Priscila Pedrita no media day do UFC 291.
Priscila Pedrita no media day do UFC 291 - Diego Ribas/PxImages

Entrevistas

Priscila Pedrita promete ‘nova versão’ após 11 meses longe do UFC

Há sete anos na ativa como atleta profissional de MMA, cinco deles dedicados ao UFC, Priscila Cachoeira já possui uma identidade de luta bastante conhecida – com seu estilo agressivo na trocação, muita garra e mãos pesadas. Porém, de acordo com a própria ‘Pedrita’, uma nova versão – aprimorada – deve ser vista no octógono do UFC 291, em Salt Lake City (EUA), neste sábado (29), contra Miranda Maverick.

Sem lutar desde agosto do ano passado, por conta de dois compromissos cancelados de última hora, Priscila Pedrita afirmou – em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight – que usou o período longe dos octógonos para evoluir como lutadora. Por isso, confiante no trabalho feito junto aos seus treinadores na ‘MMA Masters’, na Flórida (EUA), a peso-mosca (57 kg) se diz pronta para competir contra sua rival deste sábado – especialista no grappling – em todas as áreas do MMA.

“Desde então (última luta), só treinando, treinando e treinando. Ajustando as falhas, os déficits e agora, com certeza, eu vou mostrar uma versão completamente diferente. Eu estou há 11 meses (sem lutar) e ninguém sabe o quanto eu evoluí. Pode ter certeza que eu estou preparada para o lado que for (a luta). Se é no alto, no chão… Eu estou muito bem preparada. Tenho líderes maravilhosos, tenho treinadores maravilhosos e eu tenho certeza que, em 11 meses, ninguém viu os bastidores. A minha evolução ninguém sabe. Vocês vão assistir sábado”, afirmou Pedrita.

Gratidão à adversária

Mais do que mostrar uma nova versão sua, Priscila Pedrita torce para que, desta vez, nada dê errado e ela possa, de fato, subir no octógono. Nos dois últimos compromissos agendados pelo Ultimate, a peso-mosca viu suas lutas caírem de última hora. Na primeira vez, contra Sijara Eubanks, em janeiro deste ano, por complicações no corte de peso da americana. Já no segundo cancelamento, em abril, a própria Pedrita excedeu o limite de peso da categoria e, sem acordo com Karine Killer, não pôde atuar no UFC Vegas 71.

Agora, por pouco a lutadora brasileira não sofreu mais uma vez com um empecilho que a impediria de competir novamente. Sua oponente original para o UFC 291, a escocesa Joanne Wood, teve problemas com o visto de entrada nos Estados Unidos e precisou ser substituída de última hora. Por sorte, Miranda Maverick estava a postos e se prontificou a ocupar a vaga da atleta europeia – atitude a qual Pedrita faz questão de exaltar e demonstrar gratidão.

“Vamos com tudo, vai ser uma grande luta. Obrigada, Miranda, por ter aceitado essa luta em cima da hora. Se ela não aceita, mais uma vez eu não iria lutar. Porque a Joanne (Wood) teve problema com o Visa (visto). Saiu da luta com duas semanas, mas ainda bem que a Miranda aceitou essa luta. Muito obrigada! E vamos lá, vamos dar um show, mostrar para o mundo a nossa potência feminina no mundo do MMA, no mundo do UFC. Tenho certeza que vai ser um grande show. Vamos abrir esse card fenomenal com uma grande luta”, agradeceu.

Profissional no MMA desde 2016, Priscila Pedrita possui um cartel de 12 vitórias, sete delas por nocaute, e quatro derrotas, duas delas por finalização – o que expõe os pontos fortes e fracos demonstrados pela lutadora até o momento em sua carreira. A brasileira, apesar do longo período inativa, vive grande fase no UFC, com quatro triunfos nos seus últimos cinco combates – números que fazem a carioca sonhar com uma vaga no ranking peso-mosca da organização.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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