Siga-nos
exclusivo!
Patrício Pitbull em ação no UFC 314
O veterano admitiu que sua preferência era medir forças contra um oponente que figurasse no ranking - Louis Grasse/PxImages

Entrevistas

Pitbull admite desejo por rival ranqueado, mas acata duelo com estreante: “Parte do jogo”

Em julho, Patrício Freire conquistou sua primeira vitória no UFC diante de Dan Ige, resultado que o elevou ao top 15 da categoria dos penas (66 kg), mais precisamente à 11ª colocação. Dado o contexto, os fãs esperavam ver ‘Pitbull’ ser emparelhado contra um oponente ranqueado em seguida. E a projeção feita pelos torcedores era bem parecida com a do próprio brasileiro. Mas ter sido escalado para enfrentar o estreante Losene Keita neste sábado (6), no UFC Paris, também não chegou a ser uma grande decepção na concepção do ex-campeão do Bellator, conforme o próprio relatou em entrevista exclusiva à Ag Fight.

Aos 38 anos e ainda com planos de chegar ao topo da categoria, Pitbull deixou claro que sua preferência era, sim, medir forças contra um rival ranqueado, até citando um eventual duelo contra Josh Emmett, número 8 do mundo, como uma possibilidade atrativa. Em contrapartida, o brasileiro evitou criticar diretamente o UFC pelo seu próximo desafio ao citar que o próprio, recentemente, na condição de estreante, também duelou contra um oponente que, à época, figurava no top 5: Yair Rodriguez. Sendo assim, Patrício enxerga a disputa contra o belga Losene Keita, onze anos mais jovem, como “parte do jogo”.

Eu gostaria de enfrentar um cara ranqueado, assim como todos os ranqueados querem enfrentar alguém acima no ranking. Mas entendo a situação da organização. Não pode ter preferido. Já estive nessa posição como estreante e o Yair Rodriguez como número 5 (do ranking) me receber. Então faz parte do jogo. Às vezes a gente quer fazer algo, mas a organização tem outros pensamentos e eu aceito, nunca neguei desafio. (…) Eu pensei que iria enfrentar o Josh Emmett no Rio de Janeiro, era o meu pensamento. Achava que iria dar certo com ele no Rio. Mas a organização não se sentiu confortável em fazer”, destacou Pitbull.

Autocobrança

Quando conseguiu rescindir seu contrato com a junção entre PFL e Bellator e chegou ao UFC, Pitbull chegou com uma grande expectativa em torno de seu nome, já que havia sido campeão em duas categorias diferentes na liga então presidida por Scott Coker. No octógono mais famoso do mundo, porém, com uma vitória e uma derrota até então, o desempenho tem sido aquém do esperado. Ciente disso, Patrício garante que a autocobrança é diária para mostrar ao público o que julga ser seu verdadeiro potencial total no Ultimate.

Com certeza eu sou o cara mais exigente dentre todas essas pessoas que esperam algo de mim no octógono (do UFC). Sei que não fiz nem um terço do que posso fazer. Estava um pouco fora de ritmo, estreando em uma organização nova, ambiente estranho, que precisou de adaptação. Acho que passei por isso com três lutas em cinco meses, e vou estar bem melhor na próxima. Na segunda luta já fui um pouco melhor, me soltei mais. Também culpo um pouco meus adversários por terem sido cautelosos. Até entendo, a mão do baixinho aqui é dura, se bater, cai dormindo (risos)”, ponderou Pitbull.

Para se manter na coluna das vitórias, Patrício terá um verdadeiro teste de fogo pela frente.  Afinal de contas, aos 27 anos, Losene Keita é considerado um dos talentos mais promissores em ação no MMA mundial fora do UFC. Não à toa, o ‘Pantera Negra’, como é conhecido, se sagrou bicampeão do Oktagon MMA, uma das maiores ligas da Europa – na divisão dos penas e também nos pesos-leves (70 kg).

Siga nossas redes sociais e fique ligado nas notícias do mundo da luta: XInstagramFacebookYoutube e TikTok

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

Mais em Entrevistas