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Philipe Lins projeta manter “agenda cheia” para replicar sucesso da PFL no UFC

Philipe Lins encara Tanner Boser no UFC Las Vegas – Arquivo pessoal

Pouco mais de um mês depois de fazer sua estreia pelo Ultimate, quando acabou derrotado pelo ex-campeão peso-pesado Andrei Arlovski, Philipe Lins retorna ao octógono neste sábado (27), em busca de sua primeira vitória pela organização. O pouco tempo de descanso entre a sua última apresentação e o duelo contra Tanner Boser contrasta com o longo período que passou afastado do esporte recentemente, e faz parte do planejamento do atleta potiguar, que pretende se manter o mais ativo possível no UFC para replicar o sucesso obtido no PFL, entidade na qual competia anteriormente.

Campeão do torneio dos pesos-pesados na temporada 2018 do PFL, Philipe viu uma lesão o impedir de defender seu título no ano seguinte. Longe do esporte por quase um ano e meio, o potiguar debutou pelo Ultimate no dia 13 de maio deste ano, e sucumbiu diante do experiente Andrei Arlovski na decisão dos juízes. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, Lins explicou que tem a intenção de reproduzir no UFC o maior momento da carreira, vivido no PFL, justamente quando enfileirou quatro vitórias consecutivas em menos de seis meses. Para isso, o atleta da ‘American Top Team’ promete manter a agenda lotada, desde que esteja saudável, obviamente.

“É bom para o lutador já ter uma nova luta pela frente, para virar a página, tentar fazer as coisas diferente e sair com a vitória. Eu não me machuquei na minha última apresentação. Então meu empresário me ligou uma semana depois do combate, perguntando se eu queria lutar e eu aceitei. É bom para o lutador estar sempre com lutas marcadas, sabendo a data em que você vai lutar porque você consegue se programar melhor, programar melhor os treinos. Eu passei um ano e meio sem lutar, então agora eu quero estar com o meu calendário cheio”, destacou Philipe Lins, antes de projetar novos compromissos com pouco tempo de descanso no futuro.

“Depois dessa (luta), eu já quero marcar outra. Quero conseguir uma vitória (no sábado) e já marcar minha próxima luta o mais rápido possível. Claro que isso depende muito de como a gente vai terminar a luta, se vai ter algum machucado. Mas se eu terminar inteiro, o quanto mais rápido for a minha próxima luta eu vou estar feliz. Quero aproveitar esse tempo que eu passei parado para continuar lutando, com a agenda cheia, até mesmo para retomar o ritmo de luta o mais rápido possível. No PFL foram quatro lutas em um ano, uma luta a cada dois meses. Eu quero viver isso novamente”, declarou o peso-pesado.

Consciente da importância de conquistar a primeira vitória no octógono mais famoso do planeta, o peso-pesado ressaltou também a oportunidade de emendar dois camps de treinamento com o curto período de diferença entre os combates. Com ambos adversários adeptos da trocação, Philipe admite que a preparação para encarar Tanner Boser não teve mudanças drásticas, apenas algumas correções de erros cometidos na estreia. Apesar de projetar um duelo em pé contra o canadense, o potiguar relembrou sua origem no jiu-jitsu e alertou que estará preparado caso o confronto vá para o solo.

“O Tanner Boser é um cara da trocação também, e eu já estava treinando para o Arlovski, que era um cara que trocava. Assisti bastante as últimas lutas dele, vi que é um cara que se movimenta bastante, gosta de trocar, não tenta agarrar o adversário. Então, a gente conseguiu montar a estratégia certinha e corrigir alguns detalhes da luta anterior. Eu me sinto muito a vontade na trocação, quero nocautear (risos). Mas eu sou um cara que veio do jiu-jitsu, tenho as habilidades no chão também. Se tiver uma oportunidade de derrubá-lo, e ele der bobeira, eu vou finalizá-lo. Mas a estratégia principal é a trocação”, concluiu.

No MMA profissional desde 2005, Philipe Lins soma 14 vitórias, sendo oito por nocaute e quatro por finalização, e quatro derrotas em seu cartel. Já Tanner Boser, seu adversário no UFC Las Vegas, possui 17 triunfos e seis reveses em sua carreira.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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