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Pantoja repreende ‘trash talk’ e condena postura de Covington: “Respeito conserva os dentes”

Em uma era onde cada vez mais lutadores de MMA ganham apelo e popularidade não só pelo mérito esportivo, mas também por suas personalidades e ações longe dos octógonos, Alexandre Pantoja se mantém alheio à tendência. Campeão peso-mosca (57 kg) do UFC, ‘The Cannibal’, como é conhecido, construiu seu caminho até o topo da modalidade sem provocar ou desrespeitar seus adversários – característica que mantém até os dias atuais. O mesmo, porém, não pode ser dito para alguns dos principais astros do Ultimate, como o falastrão Colby Covington, extremamente criticado pelo brasileiro.

Pantoja e Colby chegaram a ser parceiros de equipe na ‘American Top Team’ e, neste sábado (16), entrarão em ação nas duas lutas mais importantes do UFC 296, em Las Vegas (EUA). Durante a coletiva de imprensa do show, enquanto o brasileiro adotou um discurso mais respeitador, o americano, como de costume, testou os limites do ‘trash talk’ ao citar o pai morto de seu rival, Leon Edwards, a fim de atingi-lo na chamada guerra mental que antecede o embate. A postura de ‘Chaos’ em nada agrada Alexandre.

De onde eu venho, Rio de Janeiro, Copacabana, se você falar muito, tem que ter cuidado para não perder os dentes. O Colby Covington acabou perdendo um dente com o Masvidal lá também (risos). Sou um cara tranquilo, mas também não pisa no meu calo se não o bagulho fica doido também (risos) (…) Se bobear, o Colby nem sabe quem eu era. Ele é um cara tão arrogante, com olhar para cima, que ele não entende quem tá do lado dele, isso é uma falha dele. A gente tem que ser muito humilde e respeitar todo mundo que está trabalhando para chegar onde está. É o que eu falei, o respeito conserva os dentes, é por aí”, opinou o atleta de Arraial do Cabo (RJ), em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight.

Respeito a Royval e caso Ian Garry

Neste sábado, Pantoja medirá forças contra um velho conhecido: Brandon Royval, a quem já derrotou via finalização em 2021. E mesmo com o retrospecto favorável, o brasileiro prega respeito pelas credenciais do desafiante. Apesar de focado no confronto, o campeão até 57 kg também lamentou a exposição sofrida por Ian Garry Machado e sua família às vésperas do evento. O irlandês, que entraria em ação no card, foi retirado do show após contrair uma pneumonia.

“Chamar atenção para mim é dentro do octógono, sou um lutador. Essa parada é mais americanizada, do cara que gosta de falar, desse trash talk. Tenho total respeito pelo meu adversário Brandon Royval, jamais vou desmerecer ou faltar respeito com ele ou a família dele, ou qualquer coisa parecida. Fico muito triste com esses ataques que o Ian está recebendo, acho isso uma falta de ética as pessoas quererem usar essa história na mídia. Mas o mundo hoje é isso, eu aprendo com isso também”, destacou Alexandre.

O card do UFC 296 será o último evento promovido pela empresa na temporada de 2023. Na luta principal, Leon Edwards tenta manter seu cinturão dos meio-médios (77 kg) contra Colby Covington. Já no ‘co-main event’, Alexandre Pantoja busca defender seu título até 57 kg contra Brandon Royval.

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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