Desde que Amanda Nunes se aposentou, em meados de junho, o Brasil vive uma rara situação dentro do Ultimate, sem campeões ativos. Sem nenhum representante tupiniquim em posse do cinturão da companhia há pouco menos de um mês, o breve ‘jejum’ pode acabar no próximo sábado (8), mais precisamente na luta co-principal do UFC 290. Desafiante ao título do peso-mosca (57 kg), Alexandre Pantoja exaltou a oportunidade de abrir uma nova era de conquistas para os brasileiros.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, durante o ‘media day’ em Las Vegas (EUA), Pantoja descartou qualquer tipo de responsabilidade extra de encerrar o jejum de cinturões do Brasil na companhia. Pelo contrário, o atleta da ‘American Top Team’ destacou que a disputa de título contra o campeão Brandon Moreno não poderia acontecer em momento mais oportuno.
“Sinto um prazer imenso em poder representar o Brasil. Se eu pudesse pensar, não tinha como escolher um melhor momento para eu representar o Brasil (do que esse). Todos os lutadores do Brasil me conhecem e sabem que o Brasil vai estar muito bem representado lá e que eu mereço ser esse cara que vai tomar esse cinturão e vai abrir as portas para tantos outros (para o país). Porque eu vencendo, eles vão saber que eles também podem chegar lá”, destacou ‘The Cannibal’, como é conhecido.
Mudança de patamar
Atleta do Ultimate desde 2017, Pantoja sempre figurou no pelotão de elite da categoria até 57 kg. Já são 12 combates dentro da principal liga de MMA do mundo – nove vitórias e três derrotas. Maduro, o brasileiro destaca que, aos 33 anos, se sente pronto para mudar de patamar dentro do UFC com o posto de campeão dos moscas.
“Estou muito contente com a minha vida, com minha esposa e filhos. Acho minha rotina maravilhosa, mas estou pronto para viver o novo. Minha vida toda me preparou para isso, estou pronto para esse passo. Nós quatro estamos prontos para dar esse passo, para virar campeão. Porque vou virar campeão, minha família vai virar campeã também. A gente está pronto para avançar, vestir a coroa e ser da realeza”, projetou o brasileiro.
O duelo contra Moreno marca uma trilogia entre os atletas dentro do MMA. Até o momento, o brasileiro leva a melhor no confronto direto, com duas vitórias no retrospecto: em 2016, por finalização, e em 2018, por decisão unânime. A terceira disputa entre os velhos conhecidos é também a mais importante, já que coloca o título mundial até 57 kg em jogo.