Multicampeão mundial de jiu-jitsu e recordista com 13 títulos na faixa-preta, Marcus Almeida chegou ao UFC com enorme expectativa dos fãs do MMA. E não era para menos, já que possui um dos currículos mais robustos da história da arte suave. Entretanto, seu debute no Ultimate com derrota para Martin Buday, em julho desta temporada, acabou frustrando não somente os torcedores, mas também o próprio peso-pesado brasileiro. Disposto a dar a volta por cima, ‘Buchecha’ promoveu uma série de mudanças em sua rotina de preparação para repetir o sucesso de outrora nos tatames, agora também no octógono.
Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, o faixa-preta admitiu que sentiu o peso de seu primeiro desafio no maior evento de MMA do mundo. Com um lastro de competição grande, Buchecha comparou a experiência recente com percalços que já vivenciou no jiu-jitsu. Apesar da derrota, o brasileiro consegue enxergar o lado positivo da situação, já que, segundo o próprio, diversos ajustes foram implementados justamente pelo baque na estreia do UFC.
“Foi algo diferente, a pressão da estreia no UFC foi algo que achei que iria saber lidar, mas realmente é muito mais do que a gente imagina. Mas foi bom, como atleta já passei por isso várias vezes. Meu primeiro Mundial de faixa-preta eu também perdi na final. Então foi muito parecida a situação. Muita coisa eu aprendi com aquela derrota. Talvez eu nem tivesse mudado tantas coisas no meu camp se tivesse obtido a vitória. Mas essa derrota fez eu aprender bastante, mudei muita coisa. Realmente me profissionalizei. Mudei bastante e realmente senti a diferença”, destacou Marcus.
Parceria com Parrumpa
Possivelmente a mudança mais significativa de Buchecha para o decorrer de sua carreira no MMA tenha sido a troca no comando. Agora, seu principal treinador na ‘American Top Team’ é Marcos Da Matta, o ‘Parrumpa’. E, mesmo a pouco tempo sob a batuta do mentor de Alexandre Pantoja, o peso-pesado brasileiro exalta a parceria firmada entre os dois. O primeiro teste de fogo para testar sua evolução virá neste sábado (13), no UFC Vegas 112, quando o faixa-preta encara Kennedy Nzechukwu.
“Isso. Agora o meu ‘head coach’ é o Parrumpa. Na verdade, sempre treinava com ele, sempre treinei bastante com o Parrumpa. Estava sempre ajudando os atletas dele. E sentia, realmente, a melhora durante o treinamento com ele. Mas, por não ser atleta dele, acabava ficando de fora de alguns treinos. Era difícil. E senti a falta de ter um treinador ali, em cima, que nem ele fica nos atletas dele. Então decidi fazer essa mudança. Logo depois da derrota, conversei com ele e a gente decidiu trabalhar juntos. E tem sido muito bom. Fiz o treinamento todo junto com o Pantoja. E do mesmo jeito que ele puxou o Pantoja, que é campeão, ele me puxou. Isso foi incrível”, frisou o brasileiro.
Buchecha é apenas um dos sete representantes do ‘Esquadrão Brasileiro’ em ação no UFC Vegas 112. Além do faixa-preta, o país contará com o sexteto formado por Melquizael Costa, Luana Santos, César Almeida, Amanda Lemos, Joanderson ‘Tubarão’ e também o estreante Guilherme Pat. O ‘main event’ da noite fica por conta do duelo entre o americano Brandon Royval e o angolano Manel Kape, pela categoria peso-mosca (57 kg).
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