Uma das principais atletas do peso-galo (61 kg) feminino do UFC, a brasileira Norma Dumont ficou mais de um ano afastada dos octógonos, antes de voltar com vitória sobre a compatriota Ketlen Vieira no último sábado (1), na edição ‘Vegas 110’. Mas não por opção própria e, sim, pela falta de movimentação no topo da divisão. Com o cenário, aparentemente, destinado a permanecer o mesmo nos próximos meses, a lutadora mineira tomou uma decisão importante envolvendo o futuro de sua carreira.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, Norma descartou a possibilidade de optar pela inatividade enquanto aguarda uma hipotética oportunidade de lutar pelo cinturão até 61 kg do UFC. Para a lutadora da equipe ‘Chute Boxe Diego Lima’, o momento vivido por ela em sua carreira não a permite passar longos períodos longe das competições. Portanto, ainda que não receba o tão sonhado ‘title shot’ na sequência, Dumont promete voltar ao octógono em breve.
“Tem seis anos que eu estou aqui (no UFC), tem seis anos que eu fico achando que vai ser o cinturão na próxima. A minha decisão com o UFC agora é que eu não quero ficar tanto tempo fora. Acho que foi ruim para mim. Apesar de eu estar muito tranquila, muito calma aqui… Eu estou com 35 anos, os meus 34 anos eu não lutei, isso é muito ruim, eu não sou jovem para ficar perdendo tempo dessa forma. Então, a única decisão que eu tomei com o UFC, que eu falei para o UFC, é que eu não quero ficar seis meses fora, não quero ficar um ano fora. E seja o que Deus quiser. Estou pronta para os próximos passos”, afirmou Norma.
Disputa de título?
Com o triunfo sobre Ketlen Vieira, a mineira alcançou sua sexta vitória consecutiva, que deve levá-la ao top 3 do ranking e ao topo da fila pelo próximo ‘title shot’. O maior empecilho a uma disputa pelo título, no entanto, é a provável volta da ex-campeã Amanda Nunes, que deve medir forças com a atual dona do cinturão Kayla Harrison, pela soberania do peso-galo feminino do UFC. Mas isso não impede que Dumont sonhe com sua participação em um evento especial caso algo dê errado nos planos do Ultimate para o confronto entre a judoca americana e a ‘Leoa’ baiana.
“No mundo ideal, eu gostaria de lutar na Casa Branca com a Kayla Harrison. Acho que ia ser muito bom”, concluiu.
Se nada der errado e as especulações se concretizarem, Norma poderia aguardar a disputa entre Kayla e Amanda, além de torcer para que uma revanche imediata entre elas não seja programada. No entanto, ciente que não pode controlar as variáveis, a mineira parece disposta a tentar manter sua boa fase de resultados dentro do octógono para, quando a oportunidade de disputar o cinturão peso-galo do UFC aparecer, ela esteja preparada e com ritmo de luta.
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