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Nocaute ou finalização? Tabatha Ricci analisa chance de quebrar escrita de veterana no UFC

Atleta profissional de MMA há mais de uma década, Tecia Torres já enfrentou algumas das principais campeãs da história divisão dos palhas (52 kg) em seus 19 combates disputados na carreira. Nomes como Weili Zhang, Rose Namajunas, Jéssica Bate-Estaca e Joanna Jedrzejczyk cruzaram seu caminho e nenhuma foi capaz de nocautear ou finalizá-la. Essa escrita, porém, pode chegar ao fim neste sábado (11), no UFC St Louis, diante de Tabatha Ricci, que enxerga brechas para se tornar a primeira oponente a desbancar a americana pela via rápida.

Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, a ‘Baby Shark’ destacou que a imprevisibilidade do MMA sempre deixa qualquer adversária passível a ser nocauteada ou finalizada. Aos 34 anos, Torres retoma sua carreira após mais de dois anos afastada dos octógonos por conta de um processo de gravidez.

Acho que é possível (nocautear ou finalizar ela). A gente está falando de MMA, tudo é possível no MMA, luvinha de 4 onças ali. Um erro, uma abertura, entrou a mão e já era. Ou um erro, colocou para baixo e também acabou. Com certeza eu vejo portas abertas ali (na Tecia) para um nocaute ou uma finalização”, ressaltou Ricci.

Oponente ‘cascuda’ pela frente

Atual número 11 do ranking, Tabatha medirá forças com uma rival que atualmente não figura no top 15. Mas tal cenário é justificado, já que ‘The Tiny Tornado’, como é conhecida, foi retirada da listagem quando pausou a carreira para se tornar mãe. Antes do hiato, a veterana estava, inclusive, à frente da brasileira no ranking. Desta forma, Ricci projeta um duelo acirrado, digno de duas combatentes da elite da categoria.

“Para mim foi bem interessante, a Tecia já está na divisão há muitos anos, já lutou com todas, com a campeã Weili, com a Rose, com todas as meninas ali do top 5. Ela tem um nome forte, é uma atleta muito dura, tem bastante cardio e estamina, bem atlética. Vai ser uma luta legal e divertida para quem estiver assistindo. A Tecia saiu do ranking porque teve a gravidez, mas antes disso ela era top 7 do ranking. Então vejo ela como uma menina ranqueada, porque ela é uma atleta de muito respeito na divisão, só saiu pelo fato da gravidez. Mas espero no sábado a melhor versão dela”, ponderou a atleta de São Paulo.

Tabatha Ricci e Tecia Torres duelam no card preliminar do UFC St Louis. Na luta principal do evento, os pesos-pesados Derrick Lewis e Rodrigo Zé Colmeia medem forças em um combate explosivo. 15º do ranking, o brasileiro tem a chance de avançar na categoria diante do maior nocauteador do Ultimate e um dos lutadores mais populares da categoria até 120 kg.

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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