Depois de conquistar um contrato com o UFC através do ‘Contender Series’ em 2020, Nikolas Motta viu tão sonhada estreia no principal evento de MMA do mundo ser adiada em algumas oportunidades em razão de cancelamentos de lutas. Quando finalmente pôde subir no octógono do Ultimate pela primeira vez, em fevereiro deste ano, o brasileiro acabou superado pelo veterano Jim Miller. Agora, prestes a fazer sua segunda apresentação na liga, o peso-leve (70 kg) espera colocar em prática as lições aprendidas em seu debute na organização.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight (clique aqui), Nikolas analisou a derrota na estreia pelo UFC e apontou o lado emocional como uma espécie de vilão que teria afetado sua performance na ocasião. Passados alguns meses, o lutador admite que precisa ser mais racional e estratégico nas suas próximas lutas, a começar pelo combate contra Cameron VanCamp neste sábado (17), para ter sucesso neste nível de competição.
“Acho que eu me deixei levar muito pelo show. Porque foram muitos sacrifícios. Foi difícil para c***. E na hora da luta, quando você está lutando com um cara desse nível, você não pode levar muito para o lado pessoal. Tem que lutar com inteligência. E nós brasileiros temos muito coração, só que a gente tem que saber dosar um pouco. Isso eu aprendi com a derrota para o Jim Miller”, analisou Motta, antes de continuar.
“Eu vi que estava levando para o lado pessoal. No início eu conectei um golpe duro nele, ele sentiu, mas manteve a postura, continuou bem, não se emocionou. E eu acho que nesse nível é diferente, não dá para levar para o lado emocional. E eu lutei com um cara que tem o recorde de lutas no UFC e era minha estreia. Então, acho que isso fez a diferença. (Mas) eu também não sou um cara novo, eu já estou lutando há muitos anos, eu estava no ‘TUF’ com 21 anos. Então, agora é a hora de usar essa experiência e tentar lutar com um pouco mais de inteligência, não só com o coração”, finalizou o lutador.
Neste sábado, Nikolas Motta encara Cameron VanCamp no card preliminar do UFC Vegas 60. O brasileiro chega para sua segunda luta na organização em busca da sua primeira vitória no octógono mais famoso do mundo. Situação idêntica a do lutador americano, que também estreou com derrota no Ultimate, para o português André Fialho, em maio deste ano.