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Callum Walshtem o braço erguido após o anúncio de sua vitórias em Nova York
Callum Walsh espera seguir os passos de Conor McGregor nos esportes de combate - Matt Davies/Ag Fight

Entrevistas

Namorado de brasileira do UFC e apadrinhado por Dana White! Conheça o ‘Novo McGregor’ do boxe

Depois de Conor McGregor, a Irlanda pode estar prestes a ganhar uma nova superestrela dos esportes de combate. Nascido em Cork (IRL), há 23 anos, o pugilista Callum Walsh – dono de um cartel ainda invicto no boxe profissional após 11 lutas – conta com uma rede de apoio luxuosa para alcançar, na nobre arte, o mesmo status de astro mundial que seu compatriota atingiu por conta de seu destaque no MMA.

Além de uma relação amistosa com o maior ídolo do esporte irlandês, Conor McGregor, a jovem promessa do boxe também é apadrinhada por duas figuras de extrema importância no mundo das lutas: o treinador Freddie Roach, que trabalhou com grandes astros do boxe, como o filipino Manny Pacquiao, e Dana White, presidente do UFC. Já na vida pessoal, Callum tem o apoio da lutadora brasileira Tabatha Ricci, top 10 do peso-palha (52 kg) do Ultimate e sua namorada. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, Walsh abriu o jogo sobre a participação de cada uma dessas pessoas na sua carreira.

O começo

A trajetória na nobre arte se iniciou ainda na infância, nos primeiros anos de vida do jovem irlandês. Ainda em seu país, Callum disputou mais de uma centena de combates amadores, antes de se mudar para os Estados Unidos, país que concentra as principais entidades que regem a nobre arte no mundo, e se encontrar com os ‘padrinhos’ Freddie Roach e Dana White.

“Eu comecei a lutar boxe quando tinha seis anos de idade. Tive muitas lutas amadoras, fiz 140 lutas amadoras aqui na Irlanda, e depois fui para os Estados Unidos e me profissionalizei lá com Freddie Roach – treinador famoso mundialmente. O meu estilo, bem, eu gosto do UFC, assisto a minha vida toda. Então, eu gosto de levar a mesma mentalidade para o boxe. Estou tentando levar essa mentalidade para o boxe, onde os melhores enfrentam o melhores, e você faz lutas empolgantes. Eu não gosto de estar em lutas chatas, gosto de estar em lutas boas e empolgantes, e gosto de nocautear as pessoas”, se apresentou Callum.

Dana White como padrinho

A parceria com Dana White e, consequentemente, com o UFC veio pouco depois de sua chegada nos Estados Unidos. Direcionado pelo promotor de eventos Tom Loeffler, um dos responsáveis por gerenciar sua carreira, o promissor pugilista encantou o presidente do Ultimate que, aparentemente, viu nele a oportunidade de ‘construir’ mais um case de sucesso nos esportes de combate, como fez com Conor McGregor.

“Eu conheci Dana depois da minha estreia profissional. Meu promotor Tom (Loeffler) me levou para Las Vegas para me encontrar com Dana, apenas para uma reunião, porque Dana tem muita história com lutadores irlandeses. Nós conversamos, eu mostrei a ele algumas das minhas lutas. Depois disso ele veio ver algumas lutas minhas e quis apoiar a minha carreira 100%”, recordou Callum.

Aprendizado diário com Freddie Roach

Do lendário treinador de boxe, o jovem lutador tenta ‘sugar’ todo o conhecimento de décadas dedicadas ao mais alto nível do boxe mundial. Com novo compromisso marcado para esta sexta-feira (20), quando voltará ao seu país natal, depois de construir grande parte de sua carreira profissional nos Estados Unidos, para defender o título Continental das Américas do Conselho Mundial de Boxe (WBC), pela divisão dos super-meio-médios, Walsh espera mostrar dentro do ringue que os frutos dos ensinamentos do veterano.

“Eu aprendo todos os dias (com Freddie Roach), aprendo algo novo todos os dias. Ser capaz de misturar a velocidade com a potência é algo importante. Isso vai entrar em cena na noite de sexta-feira. Misturar a velocidade com a potência, surpreendê-lo com um os golpes fortes, coisas assim que eu aprendi com Freddie Roach”, declarou.

Apoio do ídolo

Vindo do mesmo país que McGregor, era de se esperar que Callum Walsh visse o ex-campeão do UFC como uma inspiração. Mais do que isso, o jovem boxeador também teve seu talento reconhecido pelo ídolo e, inclusive, recebeu o apoio do astro irlandês, que o patrocinou em algumas de suas lutas através de um de seus empreendimentos no mundo dos negócios.

“Eu assisto Conor lutar desde que eu tinha 11 anos, tenho acompanhado ele a minha vida inteira. Ver o que ele fez é uma inspiração gigantesca para mim. Saber que a Irlanda é um país tão pequeno e, mesmo assim, ele foi lá e conquistou coisas tão grandes no mundo. Então, eu sei que é possível e isso é inspirador para mim. Eu o encontrei (pessoalmente). Na verdade, ele me patrocinou em um par de lutas minhas com sua (marca de cerveja) Forged Irish Stout. Nós temos uma boa relação”, contou o pugilista.

Namorada casca-grossa

Outra figura de extrema importância na vida e carreira de Callum Walsh é a brasileira Tabatha Ricci. O boxeador irlandês e a lutadora do UFC, conhecida pelo apelido ‘Baby Shark’, dividem a mesma rotina de treinos e estão sempre presentes nos compromissos profissionais um do outro.

Vindos de mundos e origens diferentes, os dois tentam se ajudar da melhor forma possível. Uma grappler de alto nível, Tabatha recebe o auxílio de Callum na luta em pé para manter sua ascensão rumo ao topo da divisão dos palhas do UFC. Por sua vez, o pugilista não dispensa o aprendizado na luta agarrada, mesmo que, neste momento, seu foco permaneça no boxe.

“Nós treinamos todos os dias, eu a ajudo muito com o boxe, nós treinamos juntos o tempo todo. Ela me ajuda com o grappling e eu a ajudo com o boxe, funciona para os dois lados. É muito bom para nós dois. (…) Desde que eu a conheci, (o boxe dela) está melhorando, está ficando bom. Ela treina muito duro, ela trabalha muito duro para evoluir constantemente. Desde que eu a conheci, eu vi uma melhora enorme. E o melhor é que ela quer melhorar, ela quer melhorar as habilidades dela, ela quer ser a melhor do mundo”, afirmou.

Aventura no MMA e boxe sem luvas?

O entorno sugere que, apesar do sucesso precoce no boxe, possíveis aventuras em outras modalidades possam estar no futuro do lutador irlandês – seja pela relação profissional com Dana White e o UFC, a amizade com Conor McGregor ou o namoro com Tabatha Ricci. E, de acordo com o próprio Callum, possíveis testes no MMA, especificamente no Ultimate, ou no boxe sem luvas do Bare Knuckle FC, evento do qual ‘Notorious’ se tornou um dos donos recentemente, não podem ser descartados.

“Eu sou da Irlanda, tenho lutado boxe sem luvas minha vida inteira (risos). Se houver uma oportunidade de ser pago por isso, eu definitivamente faria. (…) Eu acho que no futuro eu vou tentar lutar, pelo menos uma vez, no UFC. É um objetivo para mim, considerando que eu assisto (o UFC) a minha vida inteira. Antes da minha carreira acabar, eu adoraria fazer isso pelo menos uma vez”, concluiu.

Aos 23 anos de idade, Callum Walsh desponta como uma grande promessa do boxe mundial. Como profissional, o irlandês soma 11 vitórias – nove delas conquistadas via nocaute – e nenhuma derrota. Nesta sexta-feira, o jovem pugilista pode alcançar mais uma conquista, diante do polonês Przemyslaw Runowski, em evento realizado em Dublin, capital da Irlanda.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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