Entrevistas

Motivada para encarar Esparza, Marina Rodriguez explica benefício de lutas adiadas

Sem lutar desde dezembro de 2019, Marina Rodriguez conviveu com meses de incerteza sobre quando e contra quem ia voltar a atuar pelo Ultimate. Com um duelo inicialmente agendado para o início de maio, diante da compatriota Cláudia Gadelha, a lutadora viu a pandemia de coronavírus cancelar seu compromisso. No entanto, a franquia agiu rápido e casou seu confronto diante de Carla Esparza, para o dia 15 de julho. Mas com um teste positivo do seu segundo córner para COVID-19, o UFC adiou novamente seu combate, dessa vez para o dia 25, também na ‘Ilha da Luta’, em Abu Dhabi (EAU). Passados todos esse contratempos e agora bem perto de se apresentar, a atleta ressaltou o alívio de enfim poder retornar ao octógono.

Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, a peso-palha (52 kg) destacou que apesar de todos esses adiamentos, nunca deixou de treinar e, por isso, já não via a hora de poder colocar em prática todos esses meses de preparação. Apesar de muitas mudanças, principalmente essa última, quando ela estava perto de embarcar para Abu Dhabi, a brasileira destacou que nunca deixou o desânimo bater, pois sabia que a liga e seu empresário trabalhavam duro para fechar logo um combate. A justificativa dela um acerto rápido seria pela importância que ele tem para a divisão. Marina é a nona e Esparza a sétima colocada do ranking.

“O nosso real interesse era lutar, então com a nossa luta marcada e a certeza que ela iria acontecer era o que importava, independente de qual card seria. Claro que mais duas semanas na preparação, no ajuste da dieta é sempre valido. Mas uma hora ele tem que encerrar, né!? (risos). Esse camp ficamos cinco meses, desde o primeiro contrato com a Gadelha, depois quando essa luta foi cancelada pela pandemia. Continuamos os treinamentos porque sabíamos que um novo nome ia aparecer. Logo em seguida veio a Esparza e mantivemos o foco total. Mesmo com a notícia do positivo (de COVID-19) do meu segundo córner, mantivemos o foco. Eles (UFC) tinham que fazer alguma coisa, porque era uma luta importante para a categoria e conseguiram remanejar para o dia 25. Foi excelente e estamos prontos para fazer uma grande luta”, explicou a atleta.

Após conseguir uma vaga no Ultimate ao passar pelo Contender Series, programa que angaria novos talentos para a franquia, e ter estreado em 2018, Marina vai ter seu principal teste na liga. Agora a lutadora encara Carla Esparza, primeira campeã da categoria e uma atleta que possui um nome grande no UFC. Por isso, a peso-palha valorizou essa chance para ganhar ainda mais visibilidade e se aproximar do top 5.

“O que me motiva é estar lutando contras as melhores da categoria, as atletas bem ranqueadas e de grande nome no MMA. Isso motiva, pois tenho que enfrentar quem estiver na minha frente pra buscar o topo, pois é esse o caminho. Vencendo subo algumas posições no ranking, e meu nome vai estar ainda mais nas opções das melhores oportunidades na organização”, disse a lutadora, antes de comentar o que espera da sua rival.

“Como todas grapplers que enfrentei, Carla vai querer fazer o jogo agarrado, e como desde o início na minha estreia no UFC, eu venho treinando para esse tipo de jogo. Claro que com o tempo e fazendo lutas eu evolui bastante, e essa luta me sinto tecnicamente muito melhor para enfrentar qualquer tipo de jogo”, completou.

Ainda invicta em sua carreira, com 12 vitórias e dois empates, ambos pelo Ultimate, Marina Rodriguez busca seu terceiro triunfo no octógono mais famoso do mundo, o que pode levá-la a subir mais alguns degraus importante no ranking peso-palha da entidade. Atualmente ela ocupa a nona posição.

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