Mayra Bueno Silva está próxima de disputar a principal luta de sua carreira como profissional. E, mesmo em um duelo que envolve o cinturão peso-galo (61 kg) do UFC, principal evento de MMA do mundo, a brasileira admite que encontra dificuldades em promover o embate – muito por conta de sua adversária, Raquel Pennington. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, Sheetara destacou que a personalidade da rival americana influencia diretamente no interesse do público pelo confronto.
Diferentemente da ex-campeão Julianna Peña, com quem Mayra possui uma rixa e troca farpas constantemente, Pennington adota uma postura mais discreta, sem muitas aparições públicas ou declarações impactantes. Isso, na visão de Sheetara, faz com que o apelo entre os fãs pelo combate fatalmente seja reduzido.
“Era para ser a Juliana, mas acho que a lesão dela é perpétua, nunca mais vai melhorar. Ela está só fugindo, só quer falar. Agora essa luta com a Raquel, é uma garota dura, está no topo há muito tempo, mas é uma luta muito difícil de promover, tenho que dar razão à Juliana nisso, porque quem quer assistir uma luta em que a própria lutadora não se importa em promover? Estou tentando, fazendo meu melhor, quero que as pessoas assistam, porque eu vou dar um show, prometo dar um show no dia 20 de janeiro. Mas é muito complicado promover uma luta onde a outra lutadora não tem a mínima expressão”, analisou Mayra.
Adversária embalada
Se longe dos octógonos e com o microfone em mãos, Pennington não tem sido empolgante, o mesmo não pode ser dito de sua atual fase como competidora. Mesmo aos 35 anos e com bagagem na modalidade, a veterana defende a maior sequência positiva de sua carreira no MMA: são cinco vitórias consecutivas para ‘Rocky’ no Ultimate – a última delas contra a brasileira Ketlen Vieira, em janeiro de 2023.