Na história dos esportes de combate não é incomum que companheiros de equipe vejam seus caminhos se cruzarem e, por vezes, até sejam obrigados a se enfrentarem. No caso de grandes equipes, como a ‘American Top Team’, essas situações se tornam ainda mais frequentes e podem gerar um ‘mal estar’ internamente. Mas, no que depender da brasileira Mayra ‘Sheetara’, o clima com a americana Kayla Harrison, sua parceira de treino, continuará amistoso, caso precisem medir forças no octógono do UFC.
Terceira colocada no ranking peso-galo (61 kg), Mayra entrará em ação neste sábado (29), pelo card principal do UFC 303, contra Macy Chiasson, em busca de recuperação. Após perder a chance de se tornar campeã da categoria ao ser derrotada por Raquel Pennington, em janeiro, a lutadora mineira mira retomar o caminho das vitórias para se aproximar novamente de um ‘title shot’.
Pelo caminho rumo ao topo da divisão, a brasileira pode encontrar com a bicampeã olímpica Kayla, que passou a ocupar a quarta posição no top 15 da divisão dos galos após estrear no Ultimate com uma vitória expressiva sobre Holly Holm. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight, Sheetara destacou o profissionalismo das duas e abriu as portas para um possível duelo futuro contra a companheira de treinos na American Top Team.
“Eu fiz um camp ajudando a Kayla, ela fez um camp inteiro me ajudando quando eu ia lutar com a Miesha (Tate). A gente tem uma relação super boa, super amigável. Eu não tenho problema nenhum. Quando ela foi fechar com o UFC, ela me falou. É uma relação super amigável. Se, um dia, o UFC quiser, a gente é super profissional. A gente luta na academia, a gente pode lutar no UFC tranquilamente“, afirmou Sheetara.
Relação inabalável
Caso o hipotético confronto se concretize no futuro, Mayra crê na força da relação de parceria com a americana. Na visão da brasileira, a amizade com Kayla e o profissionalismo de ambas devem ser capazes de manter o relacionamento amistoso entre as atletas da American Top Team intacto.
“A Kayla é uma querida, uma monstra. Eu não gostaria de enfrentá-la porque é uma luta muito dura (risos), é uma monstra. Quando eu ganhar da Macy (Chiasson), provavelmente a gente fica mais perto ainda de uma luta, eu e a Kayla. Mas sem problema. A gente é super profissional, a gente entende, e acredito que isso não vai abalar a nossa relação”, finalizou a mineira.
Para se colocar novamente na corrida por uma disputa de título no peso-galo e, quem sabe, encontrar Kayla Harrison pelo caminho, Mayra Sheetara tem que, primeiro, superar sua próxima adversária. Neste sábado, no card principal do UFC 303, em Las Vegas (EUA), a mineira encara a americana Macy Chiasson, sétima colocada no ranking da categoria, que vem de vitória sobre Pannie Kianzad, conquistada em março.